Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História

Como fazíamos sem... Inseticida?

Incenso, vinagre e até o tapa: não era fácil para os antigos

Redação AH Publicado em 04/01/2017, às 16h39 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h35

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Ilustração de livro alemão dos anos 1930 - Brockhaus
Ilustração de livro alemão dos anos 1930 - Brockhaus

No princípio, havia o proverbial tapa para matar mosquitos. Até as vacas fazem isso, ainda que com o rabo. 

Repelentes de insetos surgiram assim que dominamos o fogo - e isso aconteceu há 800 mil anos, ainda com o Homo erectus, isto é, antes de o ser humano chegar à forma atual. Desde que somos gente, a fumaça tem ajudado a espantar mosquitos e outros convidados indesejáveis com pernas em excesso.

Relatos do historiador grego Heródoto revelam a queima de óleo de mamona e o uso de redes antimosquito no antigo Egito. Em Roma, aplicava-se uma mistura com vinagre, especialmente na cabeça e nos pés, e também se queimavam ervas, como orégano e cominho-preto. Na China e no Japão, havia o incenso de crisântemo, que contém óleo de piretro, um inseticida redescoberto pela indústria e que hoje, em versão sintética, é matéria-prima de aerossóis. Os nativos americanos costumavam queimar raízes de vegetais. Os moradores das Ilhas Salomão, no Pacífico, queimavam coco e folhas de mamão. Em Papua-Nova Guiné, incendiavam-se madeira de mangueiras e folhas de gengibre.


Médico da época da peste bubônica - no bico, iam perfumes / Wikimedia Commons

Os antigos detestavam os insetos tanto quanto nós, mas não entendiam nada sobre como eles transmitiam doenças. O nome malária vem de "maus ares" em italiano. Acreditavam que o ar ruim, ou miasma, era a causa da doença - ninguém nem desconfiava do mosquito. Durante o surto da peste negra (1348-1350), os médicos apostavam no miasma e ignoravam em pulgas e ratos infectados que causavam a doença. Se o ar ruim causava peste, perfumes eram considerados uma defesa contra ela. Entre os perfumes usados estava o de noz-moscada, presente em óleos, colares e máscaras. A planta contém eugenol e isoeugenol, dois repelentes de insetos, que mantinham as pulgas afastadas e salvavam seus usuários, por motivos que eles nem desconfiavam.