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Vitrine / Brasil

Infância roubada: As crianças torturadas e sequestradas durante a ditadura militar

No auge da ditadura militar, crianças e até mesmo bebês eram submetidos a diversas torturas psicológicas e físicas

Victória Gearini Publicado em 07/11/2023, às 16h30

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Crianças detidas e torturadas durante a ditadura militar no Brasil - Domínio Público
Crianças detidas e torturadas durante a ditadura militar no Brasil - Domínio Público

No auge da ditadura militar no Brasil — iniciada há 59 anos, em 31 de março de 1964 —os torturadores passaram a obter mais informações dos presos políticos por meio de seus filhos. Por isso, nessa época, crianças e até mesmo bebês eram submetidos a diversas torturas psicológicas e físicas.  

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Crianças sob a custódia de militares / Crédito: Domínio Público

Um dos casos mais emblemáticos foi o de Maria Amélia Teles, que foi presa e torturada na frente de seus filhos pequenos.

Os militares levaram Edson Teles, na época com 5 anos, e Janaina, com 4 anos, para ver sua mãe nua, sangrando, vomitada e urinada.

Outro caso famoso é o de Carlos Alexandre Azevedo, preso com os seus pais, em 1974, com apenas um ano e oito meses. Segundo a família, Carlos foi torturado no DOPS de São Paulo, trauma que perdurou até a fase adulta.

Ainda jovem, foi diagnosticado com depressão e fobia social, até que em 2013 suicidou-se.

Filhos de terroristas

Também era comum em ditaduras da América Latina, inclusive no regime militar brasileiro, o rapto de filhos de presos políticos. Na fase mais violenta desse período, os "filhos de terroristas" eram sequestrados para que os militares pudessem extrair mais informações ou, simplesmente, pudessem se vingar de seus pais.

Ao descobrir esse fato, o jornalista Eduardo Reina passou a investigá-lo e mapeou o sequestro de 19 bebês, crianças e adolescentes feitos por militares.

Eduardo Reina reuniu estes fatos na obra 'Cativeiro Sem Fim', lançada em 2019 pela Alameda Editorial em parceria com o Instituto Vladimir Herzog. Este livro reportagem contém, ainda, o relato de seis vítimas torturadas ainda na infância.

Capa da obra 'Cativeiro Sem Fim'/Crédito: Alameda Editorial

Para algumas das vítimas, a sobrevivência provocada pelo não cumprimento da ordem de extermínio funcionou como um prêmio. Mas as manteve longe das famílias biológicas e com um passado desconhecido. Esses brasileiros sequestrados vivem até hoje num cativeiro sem fim", disse Eduardo Reina para o portal UOL.

A ordem era matar filhos de guerrilheiros, mas muitas vezes os militares não cumpriam o que lhes era mandado e colocavam as crianças para a adoção. Crianças indígenas também estavam na lista de sequestros, segundo o escritor.  


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