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Oswaldo Cruz: Caça às ratazanas

O sanitarista Oswaldo Cruz criou um método diferente para erradicar a peste

Maria Carolina Cristianini Publicado em 01/12/2007, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36

Um homem tímido, de estatura mediana e com um vasto bigodão. Assim era Oswaldo Cruz, o responsável pela fundação da saúde pública no Brasil. Médico viciado em trabalho, mas que também apreciava as artes e a escrita, era freqüentador de teatros e saraus na capital carioca – tão letrado que foi membro da Academia Brasileira de Letras.

Nascido em 1872, ele entrou para a faculdade precocemente, aos 15 anos. Foi durante o curso que descobriu sua grande paixão, a microbiologia. Movido por ela, partiu para uma especialização no Instituto Pasteur, em Paris.

Em outubro de 1899, de volta ao Brasil, enfrentou um desafio: investigar uma estranha doença no porto de Santos. Tratava-se da peste bubônica, que ele identificou ao lado dos médicos Adolfo Lutz e Vital Brasil. Como a peste era transmitida pela pulga do rato, ele adotou um modelo um tanto bizarro para lutar contra ela: oferecia dinheiro por cada roedor morto entregue à Saúde Pública. As vendas de ratos viraram um negócio rentável. Tinha até quem criasse os roedores, os trouxesse de outros estados ou até os comprasse de navios estrangeiros.

O sanitarista, que foi diretor do Instituto Soroterápico do Rio de Janeiro (futuramente Fundação Oswaldo Cruz), também teve que enfrentar a Revolta da Vacina, levante popular contra a vacinação obrigatória para combater a varíola em 1904. O médico venceu outra vez a doença. Só não conseguiu brigar com a sua. Com problemas renais, morreu aos 44 anos.

 

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