Pesquisadores descobriram a utilidade de cada pigmento no desenvolvimento dos textos antigos
Isabela Barreiros Publicado em 27/10/2020, às 07h00
Uma nova análise, publicada na revista científica PNAS, foi feita por por pesquisadores do European Synchrotron Radiation Facility em papiros egípcios antigos. Eles utilizaram técnicas de síncrotron para investigarem a composição das tintas que foram utilizadas nas folhas.
A maioria dos artefatos analisados datavam de 100 a 200 d.C.. A partir da pesquisa, foi possível concluir que os egípcios usavam tinta preta para escrever o corpo do texto, já a tinta de cor vermelha servia para destacar títulos ou palavras-chave no papiro.
Eles descobriram também que o chumbo, parte da tinta, não era usado como pigmento, como se imaginava, mas sim como secador. Essa técnica se tornou muito comum séculos depois, durante o Renascimento na Europa.
“No século XV, quando os artistas redescobriram a pintura a óleo na Europa, o desafio era secar o óleo em um tempo razoável. Os pintores perceberam que alguns compostos de chumbo poderiam ser usados como secadores eficientes”, explicou Marine Cotte, pesquisadora do ESRF.
Ela concluiu: "Ao aplicar a tecnologia de ponta do século 21 para revelar os segredos ocultos da tecnologia de tinta ancestral, estamos contribuindo para desvendar a origem das práticas de escrita".
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