Após vídeo enfeitando tornozeleira eletrônica, mulher deve voltar à prisão

Recentemente, uma mulher em prisão domiciliar recebeu uma determinação da Justiça de São Paulo de que retornasse ao regime fechado. Isso por apenas uma razão: ela publicou um vídeo em suas redes sociais onde customizava sua tornozeleira eletrônica, colando alguns adesivos.

Camila Fogaça, a mulher que publicou o vídeo em questão, fez a postagem no fim de junho. No vídeo, é possível ver ela colando algumas pedrinhas de strass na tornozeleira eletrônica.

Ao todo, conforme noticiado pelo UOL, o vídeo alcançou mais de 70 mil visualizações, além de uma série de comentários. No entanto, tamanha repercussão levou a Justiça de Avaré a determinar o retorno da mulher à prisão.

No processo, é alegado que Camila Fogaça violou a lei que pontua a obrigatoriedade do réu de "abster-se de remover, de violar, de modificar, de danificar de qualquer forma o dispositivo de monitoração eletrônica ou de permitir que outrem o faça".

Defesa

Em comunicado ao UOL, a advogada de Camila, Laila Estefania Mendes, alegou que a ré sempre cumpriu todas as normas impostas relacionadas à prisão domiciliar, e que ela não deveria ser transferida de volta ao regime fechado pois "não danificou" o dispositivo.

A defesa entende que não configura crime de violação de tornozeleira eletrônica, uma vez que aqueles adesivos são totalmente removíveis e em momento algum eles foram capazes de alterar o funcionamento do aparelho. Inclusive, tem um vídeo que ela mostra ela colocando os adesivos. É um adesivo simples, não utiliza nenhum material que poderia danificar o aparelho, como não danificou", alegou.

Além do mais, a defesa também explicou que Camila não pretendia sequer agir com sarcasmo, ao publicar o vídeo decorando a tornozeleira eletrônica. Na verdade, ela o fez pensando em conseguir arrecadar algum dinheiro com as redes sociais, para que pudesse sustentar os filhos.