Um dos esqueletos encontrados no lugar - Crédito: Archaeology Wales
Arqueologia

Arqueólogos encontram mais de 80 esqueletos em sítio arqueológico do Reino Unido

Testes apontam que os restos possuem mais de 1.600 anos

Vinícius Buono Publicado em 02/08/2019, às 14h00

Quase 100 esqueletos romanos foram encontrados em um sítio arqueológico sob uma faculdade na ilha de Anglesey, no norte do País de Gales, Reino Unido.

O sítio foi descoberto em 2016 após um projeto de construção de acesso rodoviário à faculdade. O lugar foi dividido em dois, com uma metade ficando a cargo de arqueólogos da própria faculdade, e a outra sob responsabilidade de uma instituição galesa de arqueologia, o Brython Archaeology, que ainda não encontrou nada de relevante, ou pelo menos não divulgou.

As escavações começaram já no mesmo ano e foram encontrados, inicialmente, 54 esqueletos. Posteriormente, mais 32 foram desenterrados. A alta quantidade de restos no local indica que ele era bastante movimentado, e os cientistas estão impressionados com o bom estado de conservação das ossadas, considerando-se a acidez no solo da região.

Segundo a faculdade, há uma maior quantidade de mulheres do que de homens entre os esqueletos descobertos. Os testes com isótopos revelaram, também, que as pessoas vieram de diferentes locais da Europa.

O local onde a descoberta foi realizada / Crédito: Archaeology Wales

 

Alguns são de lá mesmo, alguns são das próprias Ilhas Britânicas e outros podem ter migrado de longe, vindo de lugares como Escandinávia ou das proximidades do Mar Mediterrâneo.

Foram encontrados alguns itens, também, como peças decorativas celtas feitas em bronze, um broche do começo da era medieval, uma moeda romana contendo a face de Antonino Pio, imperador no século 2.

A moeda foi descoberta junto de um dos esqueletos femininos, mas ainda não se sabe se os dois têm alguma relação ou se foi só acaso.

Os galeses ficaram entusiasmados com a descoberta, pois ela mostra que algum tipo de assentamento humano existe na região há quase dois milênios. Agora, eles aguardam a finalização da pesquisa no sítio para exibir os fósseis ao público.

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