Restos de naufrágio encontrados na Patagônia - Divulgação/U. Sokolowicz
Patagônia

Barco perdido no século 19 pode ter sido descoberto na Patagônia

Restos de um naufrágio surgiram na costa da Argentina e intrigam cientistas

Redação Publicado em 27/08/2022, às 13h07

Um barco baleeiro que desapareceu no século 19 pode finalmente ter tido seu destino final revelado após restos de um naufrágio surgirem na Patagônia, na costa do extremo sul da Argentina, dizem cientistas da Columbia Climate School, nos Estados Unidos.

A embarcação, chamada Dolphin, foi ao mar pela primeira vez em 16 de novembro de 1850 e cumpriu sua última viagem em 2 de outubro de 1858, quando partiu de Warren, no estado norte-americano de Michigan, e naufragou.

Segundo Ignacio Mundo, principal autor do estudo publicado na revista Dendrochronologia no dia 18 de junho, “não poder dizer com 100% de certeza” que os restos encontrados são de Dolphin, mas que a análise indica que é "muito provável que este seja o navio”.

Para a pesquisa, os cientistas usaram amostras do velho navio de madeira que surgiu na Patagônia e o compararam com os anéis das árvores que podem ter dado origem às madeiras do Dolphin, examinando 30 mil árvores de mais de 2 mil anos em um atlas.

Pesquisador analisa local da descoberta / Crédito: Divulgação/U. Sokolowicz

 

A partir da análise dos anéis arbóreos antigos, foi possível constatar que as madeiras encontradas na Argentina haviam sido derrubadas na Nova Inglaterra e no sudeste dos Estados Unidos não muito antes da construção do barco, em 1850.

É fascinante que as pessoas construíram esse navio em uma cidade da Nova Inglaterra há tanto tempo e ele apareceu do outro lado do mundo”, destacou Mukund Rao, especialista em anéis de árvores e coautor do estudo, em nota.

Outras evidências

Como destacou a revista Galileu, os pesquisadores coletaram outras evidências para desenvolver o estudo entre 2006 e 2007, embora os restos parciais da embarcação tenham sido encontrados perto de Puerto Madryn em 2004.

Foram identificados elos de corda, tábuas do casco e do teto, além de dois caldeirões de ferro e restos de tijolos, que podem sugerir que o navio carregava produtos vindos da indústria de queima de gordura de baleia.

Estados Unidos História Argentina Naufrágio arqueologia notícia barco Patagônia dolphin

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