O vice-presidente general Hamilton Mourão também fez uma homenagem à ditadura militar em seu perfil no Twitter
Isabela Barreiros Publicado em 31/03/2020, às 13h36
Na manhã de hoje, 31, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, em relação ao aniversário do golpe militar, que ocorreu em 31 de março, que “hoje é o grande dia da liberdade”. A afirmação foi feita pelo presidente a um apoiador que o questionou sobre a data, enquanto saía do Palácio da Alvorada.
Apoiador da ditadura militar, que permaneceu em vigor o Brasil durante os anos de 1964 e 1985, Bolsonaro reforçou novamente sua defesa ao regime com a declaração desta manhã.
O vice-presidente general Hamilton Mourão também demonstrou publicamente seu apoio à ditadura militar em sua conta no Twitter."Há 56 anos, as forças armadas intervieram na política nacional para enfrentar a desordem, subversão e corrupção que abalavam as instituições e assustavam a população. Com a eleição [indireta] do general Castello Branco, iniciaram-se as reformas que desenvolveram o Brasil", escreveu.
Há 56 anos, o golpe instaurava um governo autoritário que perduraria por 21 anos. Durante esse período, os brasileiros vivenciaram os governos de cinco presidentes militares. A ditadura é relembrada por ter sido um duro momento de repressão política, em que o Congresso Nacional e as assembleias estaduais chegaram a ser fechadas.
Em 2014, um relatório da Comissão da Verdade listou que 191 pessoas foram assassinadas e 243 ficaram desaparecidas durante o regime — ou seja, 434 pessoas no total. Segundo a organização internacional não governamental de direitos humanos, a Human Rights Watch, aproximadamente 20 mil pessoas foram torturadas no período brasileiro.
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