Montagem com fotografias mostrando interior da caverna - Divulgação/ Universidade de Cantábria
Arqueologia

Cápsula do tempo: Caverna é explorada na Espanha após 16 mil anos

O local, que teve sua entrada selada por um deslizamento de terra há 16 mil anos, possuía artefatos impressionantes em seu interior

Ingredi Brunato Publicado em 07/12/2023, às 13h09 - Atualizado em 11/12/2023, às 19h59

Em Cantábria, uma região autônoma na Espanha, arqueólogos passaram os últimos dois anos explorando uma incrível caverna que teve sua entrada fechada durante 16 mil anos devido a um deslizamento de terra. 

A ocorrência acabou transformando o lugar em uma espécie de cápsula do tempo acidental, com artefatos e vestígios arqueológicos valiosíssimos para o estudo do passado do território sendo encontrados em seu interior, repercute o The Independent. 

A caverna foi habitada por caçadores-coletores pertencentes à cultura magdaleniana, que perseverou na Europa Ocidental durante o Paleolítico Superior. O lugar possui cinco metros quadrados, e uma grande fogueira costumava ser acesa em sua área central.

Através do espaço recém-explorado, os pesquisadores foram capazes de encontrar mais de 7 mil objetos, como ossos de animais, pingentes, agulhas, conchas marinhas, pederneiras, peles e muitos outros. 

“As estruturas habitacionais paleolíticas são extremamente raras e são ainda mais excepcionais dentro de uma caverna”, disse à Newsweek Pablo Arias, professor de arqueologia pré-histórica da Universidade da Cantábria, que participou da descoberta.

“Além disso, a preservação dos itens arqueológicos associados à caverna é maravilhosa e a densidade de achados muito elevada. Assim, este sítio fornece uma informação única sobre a organização do espaço doméstico e as atividades realizadas no interior de uma estrutura viva durante o final da Era do Gelo".

Parte de algo maior 

Vale mencionar que caverna até então isolada faz parte do complexo de cavernas La Garma, onde, no passado, já foram realizados inúmeros outros achados arqueológicos de relevância, com o sítio sendo considerado inclusive como um patrimônio mundial da UNESCO

A exploração do circuito permitiu a descoberta de centenas de fósseis e desenhos rupestres. Já com o novo achado, o local apenas se torna mais importante para o patrimônio da Espanha. 

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