Fotografia de antiga casa de Rosa Parks. - Divulgação/ Palácio Real de Nápoles
Personagem

Casa da lendária Rosa Parks, ícone do movimento negro, está em exibição na Itália

A residência da mulher negra que se recusou a ceder seu assento no ônibus durante o período da segregação nos Estados Unidos agora está sendo exibida para o público

Ingredi Brunato Publicado em 16/09/2020, às 15h15

A casa onde Rosa Parks morou quando viva está em exibição para o público no Palácio Real de Nápoles, após uma viagem de 1600 quilômetros de seu ponto original na cidade de Detroit.

Parks se tornou uma grande referência na luta pelos direitos civis após se recusar a ceder seu assento para um homem branco em um ônibus no Alabama, em um ato de protesto pacífico. Sua atitude corajosa lhe fez ser presa por desobediência civil, e mesmo depois que foi solta, as ameaças de morte a fizeram se mudar para a casa de parentes em Detroit. 

Fotografia de Rosa Parks sentada em ônibus / Crédito: Wikimedia Commons 

 

Embora o Congresso dos Estados Unidos tenha chamado a mulher de “a primeira-dama dos direitos civis”, a verdade é que após a crise financeira de 2008, a casa de madeira branca teria sido demolida pelas autoridades de Detroit, se não tivesse sido salva por sua sobrinha, que a comprou por 500 dólares. 

Foi então que a residência histórica foi revendida para as mãos do artista Ryan Mendoza, seu proprietário atual. Ele tentou negociar com políticos de Detroit para manter a casa onde estava originalmente, mas no fim precisou desmontá-la e levá-la para outro lugar. O que a princípio foi seu estúdio em Berlim, agora é o Palácio Real de Nápoles, na Itália — parte da mostra nomeada “Quase Casa - Projeto Casa Rosa Parks”. 

Fotografia de casa de Rosa Parks desmontada dentro de caminhão para ser movida entre localizações / Crédito: Divulgação

 

A exibição conta com uma trilha sonora chamada “8:46”, número que faz referência à quantidade de tempo em que um policial branco teria se ajoelhado sobre o pescoço de George Floyd, em uma demonstração de brutalidade que terminou com a morte do homem. O ocorrido, embora tenha acontecido em maio deste ano, acabou gerando protestos internacionais contra violência policial durante o mês de junho. 

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