O edifício residencial se tornou o mais antigo item da Idade do Ferro já encontrado
Redação Publicado em 30/05/2023, às 17h11 - Atualizado às 17h19
No sítio arqueológico de Thorikos, na Grécia, uma casa datada do período entre os séculos 10 a.C. ao 9 a.C., pertencente à Idade do Ferro, foi escavada. A impressionante descoberta foi divulgada por uma equipe de arqueólogos da Universidade de Göttingen, localizada na Alemanha, na última sexta-feira, 26. Essa é a moradia mais antiga do período encontrada em área antiga de mineração de prata.
No mesmo lugar, túmulos dos micênicos (civilização que se desenvolveu na Grécia entre 1.600 a.C. e 1.200 a. C.) já foram encontrados, assim como os restos de um grande assentamento que teria santuários, fábricas, casas, um teatro. Hoje, a casa recém-descoberta está somente a 20 metros acima da costa do mar, sugerindo que os níveis das águas devem ter sido mais baixas ali há cerca de 3 mil anos.
A encosta sudeste dessa colina foi investigada em 2019 por arqueólogos da Universidade de Göttingen, que descobriram um canto exposto de uma parede que pertencia a uma tumba do século 5 a.C. No entanto, as investigações recentes revelaram que os pesquisadores alemães identificaram a estrutura erroneamente.
Johannes Bergemann, diretor do Instituto Arqueológico da Universidade de Göttingen, disse em comunicado, conforme informado pela Galileu: “Acontece que não havia enterro lá antes, mas um edifício do século 10 ao 9 a.C”.
Em 2022, as escavações continuaram, o que levou a equipe a descobrir que a casa possuía entre cinco ou seis quartos. Adicionalmente, uma análise de rocha confirmou que a moradia foi usada de 950 a 825 a.C., com base em características inorgânicas e orgânicas. Bergemann disse:
As pedras de moagem existentes para grãos indicam uma função como edifício residencial. A estrutura diferenciada do edifício residencial fala por uma sociedade complexa ou por uma hierarquia social já desenvolvida".
O trabalho continuará com a colaboração da Universidade de Ghent, na Bélgica, de julho a agosto de 2023 e em 2024. O especialista afirma: "As análises científicas vão mostrar se aqui havia criação de animais e se o minério de prata típico da região era extraído nessa época”.
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