Paulo Pavesi, o menino de 10 anos que teve os órgãos removidos - Reprodução/Vídeo/YouTube
Caso Pavesi

Caso Pavesi: Médicos envolvidos na remoção ilegal de ógãos tem prisão decretada

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais mandou prender os médicos José Luis Gomes da Silva e José Luiz Bonfitto, envolvidos na remoção dos órgãos

Redação Publicado em 16/04/2024, às 17h33 - Atualizado às 17h34

Nesta terça-feira, 16, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) declarou a prisão dos médicos José Luis Gomes da Silva e José Luiz Bonfitto, acusados de participação na morte e retirada ilegal dos órgãos de Paulo Pavesi. O caso aconteceu em 2000, em Poços de Caldas, no Sul de Minas Gerais

Em 2021, ambos foram sentenciados a 25 anos e 10 meses de prisão por homicídio qualificado por motivo torpe e perpetrado contra um menor de 14 anos. Desde então, eles aguardavam o julgamento em liberdade. 

Conforme repercutido pelo G1, a Justiça também negou o recurso de Álvaro Ianhez, mantendo sua detenção. O médico recebeu uma pena de 21 anos e 8 meses de prisão pelo mesmo crime e está sob custódia desde maio de 2023.

O TJMG também analisou o recurso de outros três profissionais da saúde envolvidos no caso: Sérgio Poli Gaspar, Celso Roberto Frasson Scafi e Cláudio Rogério Carneiro Fernandes. Os três médicos continuam condenados pela remoção de tecidos, órgãos ou partes do corpo em desacordo com a legislação, mas não foram presos. 

Caso Pavesi

Há 24 anos, no dia 19 de abril de 2000, Paulo Veronesi Pavesi, de apenas 10 anos, caiu no playground do prédio onde morava e foi encaminhado à Santa Casa de Poços de Caldas, onde seus órgãos foram retirados após um diagnóstico de morte encefálica forjado.

Exames realizados após o incidente comprovaram que o menino estava vivo no momento em que seus órgãos foram retirados. Assim, José Luis Gomes da Silva, José Luiz Bonfitto, Marco Alexandre Pacheco da Fonseca e Álvaro Ianhez foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio qualificado. Três deles foram condenados, enquanto Marco Alexandre foi absolvido pelo júri. 

De acordo com a acusação do Ministério Público, as ações dos médicos envolvidos resultaram na morte da criança, como a admissão em um hospital inadequado, atraso do atendimento neurocirúrgico, realização de uma cirurgia por um profissional sem a devida qualificação legal, levando a um erro médico, além da falta de um tratamento eficaz. A denúncia ainda aponta para uma fraude no exame que confirmou a morte cerebral.

Álvaro Ianhez, médico responsável pela entidade MG Sul Transplantes, foi acusado pelo Ministério Público de liderar um esquema de tráfico de órgãos humanos, onde a organização atuava como intermediária na transferência de órgãos para possíveis receptores.

A descoberta de um suposto esquema ilegal para a retirada de órgãos de pacientes em Poços de Caldas resultou no descredenciamento da Santa Casa da cidade para a realização de transplantes e remoção de órgãos. A MG Sul Transplantes, entidade responsável pelos procedimentos na cidade, também foi dissolvida.

Minas Gerais Crime prisão Médicos tráfico remoção ógãos Paulo Pavesi

Leia também

Funcionário de aeroporto na Indonésia despenca de escada de desembarque


Holandesa de 29 anos consegue direito a eutanásia por sofrimento mental


Em um desafio, adolescente come chip de pimenta e morre nos EUA


Após show de Madonna, areia de Copacabana é vendida como item raro na internet


Colônia de Roanoke: Arqueólogos lançam nova luz sobre a misteriosa história


Após ficar 10 horas desaparecida, idosa é resgatada em bueiro