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Notícias / Novo recorde

Conheça a história do paciente que vive há mais tempo com um coração transplantado

O holandês Bert Janssen tinha apenas 17 anos quando passou por um transplante de coração, após receber um diagnóstico de cardiomiopatia

Redação Publicado em 19/02/2024, às 19h26

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Bert Janssen e Dr. Mattart (esq.) ao lado de Bert (dir.) em 2019 - Reprodução/Guinness World Records
Bert Janssen e Dr. Mattart (esq.) ao lado de Bert (dir.) em 2019 - Reprodução/Guinness World Records

Aos 57 anos, um holandês recebeu o título de pessoa viva há mais tempo com um coração transplantado.Bert Janssen tinha 17 anos em 1984 quando recebeu um novo coração, que continua a bater em seu peito após 39 anos e 252 dias. 

Este caso foi divulgado no último dia 13 de fevereiro pelo Guinness World Records após o falecimento de Harold Sokyrka, um canadense que viveu 34 anos e 359 dias desde seu transplante.

Conforme repercutido pelo site da revista Galileu, no ano de sua cirurgia, Bert foi diagnosticado com cardiomiopatia, condição que afeta o músculo cardíaco e impede o bombeamento de sangue para o corpo. Na ocasião, ele recebeu uma série de prognósticos negativos, pois nenhum transplante de coração havia sido realizado na Holanda até então. 

Alguém que eu mal conhecia tinha acabado de me dizer que eu estava muito doente e tinha apenas cerca de seis meses restantes”, explicou o holandês ao Guinness. 

No entanto, o cardiologista de Bert, o Dr. Albert Mattart, entrou em contato com o Hospital Harefield, na Inglaterra, e conseguiu registrar o então adolescente para um transplante de coração. Felizmente para Bert, o tempo de espera foi breve: uma semana após os exames preliminares para a cirurgia, dois corações tornaram-se disponíveis quando dois jovens falecerem em um acidente de carro, e um deles era compatível.

Desde o momento em que acordei após a cirurgia, senti mais energia no meu corpo do que antes. Isso foi muito estranho, a quantidade de energia que de repente eu tinha”, relembrou Bert.

Superação

Ele diz ter enfrentado duas rejeições nos primeiros meses após sua operação, mas não teve nenhuma complicação desde então. No entanto, ele reclamou da quantidade de remédios que precisa tomar diariamente e os efeitos colaterais causados por eles.

Nos primeiros anos após o transplante, eu não estava ciente do impacto dos meus medicamentos. Fui desenvolvendo cada vez mais efeitos colaterais com o passar dos anos: eu parecia cada vez mais como estar à mercê das pílulas”, disse o holandês.

No entanto, o transplante não impediu Bert de levar uma vida ativa. Até a sua aposentadoria em 2017, ele trabalhou por mais de 30 anos em uma variedade de locais, incluindo uma funilaria, uma carpintaria e em uma escola como zelador. Ele também participou dos World Transplant Games, uma competição esportiva reconhecida por incentivar a prática de esportes entre os transplantados

Eu nunca poderia imaginar que chegaria tão longe. Agora, é oficialmente comprovado que é possível chegar tão longe tendo um coração doador. Suponho que o marco ainda se moverá bastante e ficarei satisfeito se outros quebrarem meu recorde no devido tempo”, concluiu Bert em sua entrevista ao Guinness World Records.