“Uma amiga falou que Lindolfo teria recebido ameaça de morte dias antes de ser assassinado", declarou Benedito Camargo, primo da vítima
Fabio Previdelli Publicado em 03/05/2021, às 14h06
No último sábado, 1°, o corpo de Lindolfo Kosmaski, de 25 anos, foi encontrado carbonizado dentro de seu próprio veículo perto da rodovia PR-151, que fica no município de São João do Triunfo, na região dos Campos Gerais, no Paraná. Segundo informações do UOL, ele também levou dois tiros.
Kosmaski, era ativista LGBT que atuava no Partido dos Trabalhadores e também no Movimento dos Trabalhadores Sem Terra. Lindolfo também era professor da rede estadual e estava cursando mestrado na Universidade Federal do Paraná, como parte do programa Educação em Ciências e em Matemática.
Antes do crime, Benedito Camargo, primo do ativista, revelou que ele estava em um bar. "Ele era bem conhecido na região. Antes de morrer, ele pagou cerveja para todo mundo e depois sumiu. O celular dele ficou no estabelecimento. Uma amiga falou que Lindolfo teria recebido ameaça de morte dias antes de ser assassinado", disse ao UOL.
A Polícia Civil do Paraná disse que está investigando o caso, mas que ainda não identificou o autor do crime bárbaro. Porém, revelaram que a motivação de tal ato pode estar ligada a um crime de homofobia.
"Neste momento de dor, prestamos toda a solidariedade à família, amigos e esperamos que os órgãos competentes possam acelerar as investigações e encontrar os responsáveis por esse crime hediondo. LGBTfobia é crime e interrompe trajetórias como a de Lindolfo, em uma sociedade democrática e de direito não há espaço para barbárie, ódio e intolerância", disse o Partido dos Trabalhadores em nota.
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