Funeral de Elizabeth II, em Londres - Getty Images
Elizabeth II

Em meio à crise econômica, britânicos criticam gastos do funeral da rainha Elizabeth II

O corpo de Elizabeth II seguirá para Westminster Hall nesta quarta-feira, 14

Isabelly de Lima, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 14/09/2022, às 16h06

O corpo da rainha Elizabeth II segue para Westminster Hall nesta quarta-feira, 14, a ala mais antiga da sede do Parlamento britânico. A procissão vai atravessar o centro de Londres, e o funeral acumula longas filas de súditos que esperam um momento para se despedirem da monarca.

Porém, nem todos estão compartilhando o luto da mesma maneira. Muitas pessoas, cerca de 20% dos opositores da monarquia, criticam os altos custos do funeral de Elizabeth II, visto que o país está em meio a uma crise econômica. Um morador que vive nos subúrbios de Londres e que se identifica como republicano, Robert, disse que considera os gastos excessivos:

É muito perturbador ver tudo isso quando as pessoas estão lutando para pagar suas contas", disse ele à reportagem da RFI. "Não precisamos de toda essa pompa e circunstância, esses cortejos, essas viagens reais por todo o país. Algo mais modesto teria sido suficiente, como por exemplo, nas monarquias escandinavas ou na Holanda", avaliou.

Por outro lado, os monarquistas não enxergam os altos gastos como um problema: "Sim, isso custa dinheiro, a família real custa dinheiro. Mas quando você pensa no que a monarquia nos deu, a rainha em particular... Acho que não é muito a ser pago", opinou Mark, um morador de Londres.

Valor do PIB

No Reino Unido, a inflação atingiu 9,9% no acumulado de 12 meses, em agosto, logo após 10,1% em julho, algo que não ocorria há 40 anos no país. O funeral da monarca pode provocar uma perda de cerca de 0,8% no PIB britânico, no trimestre atual, conforme a avaliação do Observatório Francês de Conjuntura Econômica (OFCE).

Além disso, o feriado irá ter um impacto negativo no ritmo da economia. Tanto apoiadores quanto críticos da monarquia concordam, segundo o portal Opera Mundi, concordam sobre que o novo rei terá que reduzir os gastos que o estilo de vida da família real requer, que custa cerca de 50 milhões de euros por ano.

Mas, isso só poderá acontecer após o dia 19 de setembro, dia em que todos irão se despedir da rainha. O governo do país decretou o dia do funeral um feriado nacional.

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