Karolinska Institutet (KI) em Estocolmo - Domínio público
Ciência

Falha de freezer em universidade da Suécia destrói décadas de pesquisa

Uma falha em um dos freezers da universidade acabou destruindo amostras de pesquisa avaliadas em um valor altíssimo; entenda o caso!

Isabelly de Lima Publicado em 06/02/2024, às 12h58

Um incidente devastador atingiu o Karolinska Institutet (KI) em Estocolmo, sede da Assembleia do Nobel, quando amostras de pesquisa de valor inestimável foram destruídas devido a um defeito em um freezer durante as férias de Natal.

As amostras, armazenadas a uma temperatura de -190°C em tanques resfriados com nitrogênio líquido, foram perdidas devido a uma interrupção no fornecimento de nitrogênio líquido a 16 tanques criogênicos, ocorrida entre 22 e 23 de dezembro.

Matti Sällberg, reitor do campus sul do KI, descreveu o incidente como ocorrendo "possivelmente no pior momento imaginável na Suécia, apenas um dia antes da véspera de Natal". A perda afetou gravemente pesquisadores que estudavam diversas áreas, com destaque para aqueles que trabalhavam com leucemia e dependiam de amostras coletadas ao longo de 30 anos.

Embora o valor das amostras perdidas não tenha sido oficialmente estimado, algumas fontes de mídia sugeriram que poderia chegar a cerca de 500 milhões de coroas suecas (aproximadamente 37 milhões de libras esterlinas ou mais de 230 milhões de reais). Sällberg afirmou que a perda está facilmente na casa dos milhões, destacando a importância das amostras para futuras pesquisas. 

Os mais afetados são aqueles que pesquisam a leucemia, pois coletaram amostras de pacientes ao longo de 30 anos”, acrescentou.

Investigação interna

Uma investigação interna foi iniciada na universidade para determinar as causas do defeito no freezer. Embora não haja indícios de sabotagem, o incidente foi relatado à polícia para investigação. Sällberg ressaltou que, atualmente, não há indicação de influência externa, mas que o relatório policial foi feito para cobrir todas as bases, segundo o The Guardian.

Apesar do impacto devastador, as amostras perdidas eram estritamente para pesquisa e não afetariam o tratamento de pacientes atuais. No entanto, elas representavam um recurso valioso para estudos futuros. "São amostras que foram objeto de extensos estudos e havia planos para mais estudos", enfatizou Sällberg.

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