Homem que escapou de Jeffrey Dahmer nunca se recuperou, diz advogado

Duas semanas após a estreia, 'Dahmer: Um Canibal Americano' continua sendo um dos mais comentados lançamentos da plataforma de streaming Netflix. Retratando a saga de crimes de Jeffrey Dahmer, canibal norte-americano, a produção que apresenta Evan Peters no papel principal é sucesso em números.

Além de retratar a vida de Dahmer, a série mostra as falhas dos EUA que permitiram Dahmer escapar dos crimes que resultaram na morte de 17 homens. Uma das vítimas é Tracy Edwards, responsável por dar fim aos assassinatos do canibal.

Conforme repercutido pelo ET Online, Tracy foi atraído por Dahmer em 22 de julho de 1991. No apartamento do criminoso, ele foi algemado e impedido de deixar o local. Todavia, o jovem rapaz conseguiu escapar e revelar a polícia a verdadeira face de Jeffrey.

Com a história retratada na Netflix, muitos se perguntam sobre o que aconteceu com Tracy após a experiência de quase morte. Paul Ksicinski, advogado da vítima, revelou em entrevista à Fox News Digital que embora tenha sobrevivido, os horrores que aconteceram 'destruíram sua vida'. 

O advogado disse que Tracy passou a abusar de drogas e a vagar 'de um lugar para outro', após os crimes de Jeffrey Dahmer.

“Ele nunca mais conseguiu recompor sua vida depois disso. Ele abusava de drogas e bebia álcool em excesso. Ele não tinha casa. Ele simplesmente vagou de um lugar para outro”, revelou o advogado sobre Edwards. “Eu não sei como ou o que ele poderia ter feito para colocar as coisas em ordem novamente.”

Cheiro da morte

Na série da Netflix, Tracy é vivido por Shaun J. Brown. No entanto, o advogado enfatiza que o que foi mostrado não chega perto do que a vítima viveu naquela noite. 

Edwards "descreveu o cheiro da morte quando entrou no apartamento de Dahmer, como Dahmer colocou a cabeça no peito, para que ele pudesse ouvir seu batimento cardíaco. Ele descreveu como Dahmer disse: 'Vou ter que comer seu coração'", relembrou o advogado na entrevista. 

O advogado também disse que seu cliente “era avesso a querer lembrar o que aconteceu com ele ou até mesmo falar sobre isso”, e enfatizou que “havia um litígio civil envolvendo algumas das famílias. Ele nunca participou disso. Minha crença pessoal é que ele não o fez porque teria que se lembrar do que aconteceu".