Impressora 3D produz géis de amidos modificados para criar alimentos - Bianca C. Maniglia/USP
Ciência

Impressora 3D pode ser usada para produzir alimentos, revela nova pesquisa

Engenheiros de alimentos criaram géis à base de amidos modificados que podem ser usados para produzir diferentes tipos de comida

Giovanna de Matteo Publicado em 22/10/2020, às 12h00

Parece que o futuro está mais próximo do que imaginamos. Um grupo de pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz  (Esalq) da USP, em parceria com a Ecole Nationale Vétérinaire Agroalimentaire et de l’Alimentation Nantes Atlantique (Oniris) e do Institut National de la Recherche pour l’agriculture, l’alimentation et l’environnement (INRAE), da França, estão desenvolvendo géis feitos de amidos modificados com o objetivo de serem usados como "tintas" em impressoras 3D, que podem produzir alimentos.

O objetivo é ajudar crianças e idosos, ou pessoas em geral, que têm dificuldades em comer, criando alimentos com diversos sabores, formatos, texturas e até cores personalizadas, por meio de impressão 3D, que pareçam mais atraentes e saudáveis para eles.

“Desenvolvemos ao longo dos últimos anos diferentes tecnologias para modificação de amidos e obter géis com as características ideais para serem usados como ‘tintas’ para produzir alimentos por impressão 3D”, explicou Pedro Esteves Duarte Augusto, professor da Esalq e coordenador do projeto, à Agência Fapesp.

Já se foram dois anos de estudo desde que os pesquisadores começaram o projeto. Eles projetaram um método que permite modificar as propriedades de amidos através de um aquecimento a seco, onde os amidos de mandioca e de trigo são aquecidos em uma espécie de forno que controla a temperatura e tempo.

Por meio disso foi possível obter géis à base desses amidos modificados, que mostraram um bom desempenho na hora da impressão. A nova técnica também possiblita amplificar as texturas das amostras impressas.

“Obtivemos bons resultados com ambos os métodos, que têm as vantagens de serem simples, baratos e fáceis de serem implementados em escala industrial”, contou Augusto.

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