O fenômeno pode ajudar na busca por sinais de vida nas profundezas do Golfo da Flórida, nos Estados Unidos
Vanessa Centamori Publicado em 24/07/2020, às 13h41
A mais de 129 metros de profundidade, um buraco azul, na costa do Golfo da Flórida, nos Estados Unidos, está sendo agora monitorado por cientistas, que batizaram o objeto de "banana verde".
Descoberto por pescadores e mergulhadores recreativos, o buraco está sob a investigação da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA). A entidade governamental norte-americana informou à CBS que existem mais outros buracos similares espalhados pelas águas da região. Entretanto, ainda não se sabe quantos deles estão nas profundezas.
Todavia, há indícios de que a maioria hospeda plantas e animais diversos, mesmo em locais tão profundos. Isso desperta a curiosidade dos pesquisadores, atraídos pela possibilidade de saber como a vida se desenvolve em áreas inóspitas. Além disso, muitos dos buracos são bem antigos, tendo de 8 mil a 12 mil anos, segundo o Mote Marine Laboratory, da NOAA.
Ano passado, expedições aos buracos da Flórida revelaram carbono, nutrientes e vida microscópica, além de peixes-serra, uma espécie em extinção, que sobrevivia no fundo de uma das crateras. A expectativa é que entre o próximo mês de agosto e maio de 2021 os cientistas visitem o "banana verde" em busca dos mistérios e riquezas biológicas que ele esconde.
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