Jovem ‘colecionador de ossos’ viraliza ao ter comércio inusitado de peças humanas

Ainda que a internet possua um mercado muito curioso, já que as mais diversas coisas podem ser vendidas online, algumas pessoas conseguem se destacar no quesito vendas. Um jovem de 24 anos chamado Jon Pichaya Ferry alcançou fama nas redes sociais ao ganhar dinheiro vendendo ossos humanos.

Em seu perfil na rede social TikTok, Ferry conta com cerca de meio milhão de seguidores. No perfil, ele conta que a empresa que possui, JonsBones visa desestigmatizar esse tipo de “indústria”, que ele entende que pode ser assustadora. De acordo com as explicações que ele apresenta, essa é uma nova maneira de “dar uma segunda vida” para as peças de um modo singular.

A coleção do rapaz é avaliada em US$ 600 mil (cerca de quase R$ 3 milhões), de acordo com o portal G1. Ele iniciou a coleção de modo amador até se tornar um dos maiores distribuidores de ossos dos Estados Unidos. O armazém que possui é localizado no Brooklyn, em Nova York, e se tornou um museu.

A paixão pelos ossos começou quando era criança, após seu pai o mostrar um esqueleto articulado de rato que tinha montado. Isso tudo gerou uma curiosidade em Jon pelo estudo em osteologia. O jovem adquire e vende somente peças voltadas ao comércio para estudantes e médicos, já que nada do que ele comercializa é vindo de ossuários, sepulturas e etc.

Trabalho do museu

Além da comercialização dos ossos no site — que provém também de donos ou familiares que possuem os itens e não sabem o que fazer com eles —, todas as peças vão para o Museu do Osso. O lugar oferece uma experiência completa pela história da osteologia médica, além de ter fins educativos.

No site oficial do museu, Jon diz: “Meu objetivo desde que comecei a JonsBones tem sido preservar a prática e ao mesmo tempo aumentar o acesso educacional à anatomia humana. Este espaço não só permitirá mais visitantes, mas também nos permitirá mostrar todo o nosso catálogo de ossos".

Isso é ilegal?

A venda de ossos humanos é legal nos Estados Unidos, mas não nos estados de Georgia, Tenessee e Louisiana. Já no Brasil, existem algumas regras quanto a isso. A Lei dos Transplantes, de 1997, é responsável pela regularização desse assunto.

Qual é a regra: só pode haver disposição de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano ou para transplantes ou para fins acadêmicos, de pesquisa , fins de cura. Fora isso, não há nenhum tipo de possibilidade de comercialização", diz o doutor em Direito penal pela USP, Antonio Tovo.