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Notícias / Alemanha

Universidade da Alemanha enterra milhares de ossos humanos encontrados no campus

Segundo a Universidade da Alemanha, fragmentos de ossos descobertos são vestígios das práticas da era nazista

Redação Publicado em 23/03/2023, às 15h14 - Atualizado às 16h10

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Um dos campus da Universidade Livre de Berlim, na Alemanha - Reprodução/Vídeo
Um dos campus da Universidade Livre de Berlim, na Alemanha - Reprodução/Vídeo

Nesta quinta-feira, 23, a Universidade Livre de Berlim (FU, na sigla em alemão) emitiu um comunicado informando que enterrou milhares de fragmentos de ossos descobertos no seu campus. Anteriormente, de 2014 até 2016, foram encontrados cerca de 16 mil pedaços de ossos humanos.

Segundo informações do portal UOL, após a retirada dos resquícios, grupos de arqueólogos passaram a investigar e estudar o caso. Agora, depois de anos de pesquisas, eles concluíram que os ossos se enquadram em "contextos criminais", principalmente do período colonial e da era nazista

Em cerimônia de sepultamento, que ocorreu em um cemitério no oeste de Berlim, Günter Ziegler, presidente da Universidade, declarou:

Existem crimes sobre os quais nenhuma grama cresce ou deveria crescer. Precisamos nos lembrar disso".

Pesquisas 

Conforme noticiado pela agência AFP, Susan Pollock, professora líder das pesquisas, explicou que os ossos humanos pertencem a pelo menos 54 adultos e crianças. As consultas também mostraram que muitas pessoas faleceram em decorrência das práticas realizadas no Instituto Kaiser Wilhelm de Antropologia, Genética Humana e Eugenia (KWIA), conduzido por cientistas nazistas na Segunda Guerra Mundial

Questionada sobre a divulgação da identidade dos restos mortais, Pollock respondeu que "não seria apropriado" e que a decisão foi tomada em conjunto com o Conselho Central de Judeus na Alemanha, os ciganos e a comunidade africana. 

É claro que gostaria de saber quem eram essas pessoas, mas não seria apropriado. Nenhum osso foi encontrado intacto, alguns têm o tamanho de uma unha, outros têm cerca de dez centímetros”. 

Daniel Botmann, diretor do Conselho, acrescentou, em seu discurso na cerimônia desta quinta-feira:

As vítimas são vítimas. Não queremos distingui-las nem determinar a sua origem. Simplesmente aspiramos à solidariedade da nossa sociedade quando as minorias são atacadas".