Pinturas rupestres encontradas no norte da Bahia - Divulgação/Engie
Brasil

Justiça Federal estipula medidas imediatas para proteger sítios arqueológicos

Visando a proteção dos sítios arqueológicos de Paxola e Pedra do Lorde, a Justiça Federal estipulou medidas e multas diárias

Maria Paula Azevedo, sob supervisão de Giovanna Gomes Publicado em 18/06/2024, às 14h19

A Justiça Federal ordenou que a União, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o município de Morro do Chapéu, situado na Chapada Diamantina da Bahia, tomem medidas imediatas para proteger os sítios arqueológicos de Paxola e Pedra do Lorde, a pedido do Ministério Público Federal (MPF).

Conforme repercutido pelo G1, a decisão, estipulada em 7 de junho, estabelece um prazo de 30 dias para a implementação das medidas, sob pena de aplicação de multa diária.

Segundo a ação movida pelo procurador da República Gabriel Dalla Favera de Oliveira, com base em um relatório técnico de 2012, o Iphan concluiu que os dois sítios arqueológicos estão completamente desprotegidos, sofrendo danos irreversíveis devido a vandalismo, pichações, acúmulo de lixo e expansão urbana nas proximidades.

Apesar dos apontamentos, o instituto permaneceu inerte na solução do problema. O procurador também destacou que o Iphan não tomou medidas para recuperar e preservar as áreas degradadas.

Outros detalhes

A decisão também especifica que, ciente da situação, o município de Morro do Chapéu assumiu compromissos desde 2015 para serem executados a curto prazo, incluindo a implementação de uma política municipal de conservação do patrimônio arqueológico e a busca por recursos para reparação dos danos junto ao Fundo de Direitos Difusos, cuja missão é a defesa e a recomposição de danos a direitos difusos e coletivos.

Contudo, ao apontar os resultados das medidas adotadas, a gestão afirmou ao MPF que “as ações para dirimir os possíveis danos ao Patrimônio Geológico, Histórico e Ambiental do Município estão com andamento lento, dado a burocracia e dificuldades financeiras para a contratação de empresas”.

Após a conclusão do julgamento, o MPF solicita a confirmação das medidas liminares e também que os réus sejam obrigados a restaurar os sítios arqueológicos Paxola e Pedra do Lorde. Além disso, eles são obrigados a realizar vistorias periódicas nas áreas e apresentar relatórios trimestrais sobre o estado dos sítios e o progresso das obras.

Conforme estabelecido na decisão, caso haja danos irreparáveis, o MPF pede que os órgãos sejam condenados a indenizar ou compensar os prejuízos ao patrimônio histórico.

Brasil Bahia preservação Sítio Arqueológico

Leia também

Após engano, jovem recebe pix de R$ 100 mil e devolve


Mary Austin: Ex-namorada de Freddie Mercury pode receber milhões após acordo


STF tem maioria para condenar vândalo que quebrou relógio histórico de Dom João VI


Holandeses criam maior bicicleta do mundo, com 55 metros


Vaticano quebra silêncio sobre escultura que 'chora sangue e multiplica pizza'


Vaticano é julgado em tribunal estrangeiro pela primeira vez, na Inglaterra