A decisão de incluir locais que marcaram a história do genocídio foi divulgada pela Unesco nesta quarta-feira, 20
Redação Publicado em 20/09/2023, às 19h38
Nesta quarta-feira, 20, a Unesco anunciou que quatro memoriais do genocídio de Ruanda agora fazem parte da lista de Patrimônios Mundiais. A agência da ONU reconheceu a importância do ocorrido de 1994, que culminou em mais de 800 mil mortes, em seu perfil do X, antigo Twitter.
Murambi, Nyamata, Bisesero e Gisozi hospedam locais que relembram os assassinatos em massa, desencadeados pela morte do então presidente de etnia hutu. O chefe de estado faleceu em um acidente de avião, causado pelos rebeldes tútsis, que abateram a aeronave.
Essa decisão histórica ajudará a preservar a memória, combater a negação e fortalecer os esforços de prevenção do genocídio globalmente. #NuncaMais. ”, disse Yolande Makolo, porta-voz do governo ruandês, no X.
A decisão também foi aprovada por Naphthali Ahishakiye, secretário-executivo da Ibuka, organização que apoia os sobreviventes do genocídio, conforme repercutido pela Folha de S. Paulo.
Isso tornará o genocídio cometido em Ruanda contra os tútsis mais conhecido em todo o mundo.”, afirmou Ahishakiye.
Os visitantes que adentram o Memorial do Genocídio de Kigali, em Gisozi, estão no local de descanso de mais de 250 mil pessoas, representadas pelas roupas rasgadas e imagens de cadáveres empilhados.
A 40 quilômetros de Kigali se encontra o distrito de Nyamata, onde 50 mil pessoas buscaram refúgio em uma igreja, mas foram assassinadas em menos de 24 horas. A capela preservou peças de roupas e terços que as vítimas utilizavam no momento de sua morte, assim como as armas que lhes tiraram a vida.
Já em Murambi, milhares de pessoas buscaram refúgio em uma escola técnica, mas foram executadas em um dos eventos mais sangrentos de todo o genocídio. Em Bisesero, um “memorial da resistência” foi levantado em 1998, para homenagear aos tútsis que lutaram por suas vidas, enquanto extremistas hutus exterminaram seus companheiros.
É importante relembrar que, anualmente, corpos de vítimas do genocídio são encontrados por todo o país.
Esses testemunhos, histórias e evidências materiais serão bem preservados mesmo depois de nossas vidas. Eles estarão lá, eu diria, para sempre, ou enquanto for possível”, relatou uma das sobreviventes, Marie Grace Mukabyagaju.
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