Lawrence Faucette foi a segunda pessoa a receber transplante de coração de porco - Divulgação / Centro Médico da Universidade de Maryland
Ciência

Morre segundo paciente a receber transplante de coração de porco

Lawrence Faucette, de 58 anos, teve morte anunciada seis semanas após receber transplante experimental; entenda!

Fabio Previdelli Publicado em 01/11/2023, às 11h05 - Atualizado em 02/11/2023, às 13h14

Seis semanas após receber um transplante experimental de coração de porco geneticamente modificado, Lawrence Faucette, de 58 anos, teve sua morte confirmada pelo Centro Médico da Universidade de Maryland.

Segundo paciente do mundo a receber este tipo de órgão, Faucette passou a apresentar sinais de rejeição ao coração nos últimos dias, informou o centro médico que realizou o xenotransplante — como esse tipo de procedimento é chamado.

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"O último desejo do Sr. Faucette era que aproveitássemos ao máximo o que aprendemos com a nossa experiência, para que outros possam ter garantida a oportunidade de um novo coração quando um órgão humano não estiver disponível", explicou Bartley Griffith, responsável por fazer a cirurgia e diretor clínico do Programa de Xenotransplante Cardíaco da Escola de Medicina da Universidade de Maryland, em nota.

Ele disse à equipe de médicos e enfermeiros reunidos ao seu redor que nos amava. Sentiremos muita falta dele", completou.

O xenotransplante

Conforme relata a CNN, Lawrence Faucette foi internado pela primeira vez em 14 de setembro por apresentar sintomas de insuficiência cardíaca. Em razão de uma doença vascular pré-existente e complicações hemorrágicas internas, o paciente foi impedido de receber um órgão humano.

Segundo repercutiu o portal de notícias do UOL com informações da AFP, caso Lawrence não recebesse o transplante experimental, ele enfrentaria um quadro de insuficiência cardíaca. Assim, ele foi submetido ao xenotransplante seis dias depois.

Nas semanas seguintes, a equipe médica relatou que Lawrence fez avanços clínicos significativos, como participações em fisioterapia, além de passar mais tempo com a família. Um mês após o procedimento, os médicos apontaram que sua função cardíaca era excelente e os medicamentos de apoio foram suspensos.

Porém, em nota, a unidade de saúde apontou que a rejeição de órgãos é "o desafio mais significativo nos transplantes tradicionais que envolvem também órgãos humanos". Já Ann, esposa de Faucette, agradeceu pelos cuidados prestados ao marido.

Larry começou esta jornada com a mente aberta e total confiança no doutor Griffith e sua equipe. Ele sabia que seu tempo conosco era curto e esta era sua última chance de ajudar os outros", declarou.
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