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Notícias / Ciência

EUA: Homem que recebeu rim de porco em transplante se mantém estável por 32 dias

O corpo que recebeu o órgão do animal foi doado para a ciência após morte cerebral em 14 de julho

Redação Publicado em 16/08/2023, às 18h55

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Imagem ilustrativa de uma cirurgia - Reprodução/Pixabay/sasint
Imagem ilustrativa de uma cirurgia - Reprodução/Pixabay/sasint

Após uma cirurgia que aconteceu 32 dias atrás, e foi responsável por inserir um rim de origem animal num paciente com morte cerebral, o órgão está funcionando adequadamente. Este é um novo recorde na área de transplantes animal-humano, cujo melhor desempenho havia sido de 72 horas. 

O homem, que teve corpo doado à ciência, recebeu o rim de um porco em 14 de julho. O procedimento foi realizado por um time de cirurgiões da NYU Langone Health, nos Estados Unidos, que afirmou em um anúncio feito nesta quarta-feira,16, que possíveis reações serão observadas no paciente.

A cirurgia

O experimento foi feito em Maurice Miller, 57, que faleceu em julho após sua luta contra um tumor no cérebro. Após ter sofrido uma morte cerebral, seu coração continuou batendo com a ajuda de máquinas ventilatórias e seu corpo foi doado aos pesquisadores. 

Conforme repercutido pelo Daily Mail, este procedimento entrou para a lista de resultados esperançosos para aqueles que trabalham na área de xenotransplantes, quando o órgão passa de um animal para um humano. Durante as tentativas anteriores, o sistema imunológico da pessoa rejeitava o órgão transplantado quase que imediatamente. 

Os especialistas atribuem o sucesso do procedimento a uma modificação feita previamente no rim do porco, para que o mesmo se adaptasse com mais facilidade ao corpo humano. Eles alteraram a composição de um único gene, especificamente uma molécula de açúcar, presente nas células do porco, o que retardou a reação do sistema imunológico de Miller.  

Agora reunimos mais evidências para mostrar que, pelo menos nos rins, apenas a eliminação do gene que desencadeia uma rejeição hiperaguda pode ser suficiente, juntamente com drogas imunossupressoras clinicamente aprovadas, para gerenciar com sucesso o transplante em um humano para um desempenho ideal, potencialmente a longo prazo.”, explicou o doutor Robert Montgomery no comunicado da NYU Langone Health.

Esperança

Somente nos Estados Unidos, 103 mil pessoas estão na fila de espera por um transplante, sendo 88 mil na busca por um novo rim, segundo a Rede Unida para o Compartilhamento de Órgãos (UNOS). 

Simplesmente não há órgãos suficientes disponíveis para todos que precisam de um. Muitas pessoas estão morrendo por falta de órgãos disponíveis, e acredito firmemente que o xenotransplante é uma maneira viável de mudar isso.”, concluiu o doutor Montgomery para o portal da NYU Langone Health.