A estudante Olesya Krivtsova postou no Instagram textos contra a invasão da Ucrânia pela Rússia
Redação Publicado em 16/02/2023, às 15h28
Um comunicado oficial divulgado pela polícia da Rússia nesta quinta-feira, 16, informou que a estudante universitária Olesya Krivtsova, de 20 anos, não está mais frequentando suas aulas pois está sob monitoramento em prisão domiciliar. Seu suposto crime, por sua vez, é uma postagem contra a guerra da Ucrânia em seu Instagram.
Segundo informações publicadas pelo portal G1, Olesya foi acusada pelas autoridades do país de justificar o terrorismo e desacreditar do trabalho realizado pelas forças armadas da Rússia. Caso condenada, ela pode pegar até 10 anos de prisão.
Em depoimento, a estudante declarou:
Nunca imaginei que alguém pudesse pegar uma sentença de prisão tão longa por postar algo na internet. Quando percebi que tinha sido colocada na mesma lista dos atiradores de escola e do grupo Estado Islâmico, pensei que era uma loucura".
Ela detalhou, em outro momento, a respeito da ação policial no dia de sua detenção:
Eu estava falando ao telefone com minha mãe quando ouvi a porta da frente de casa se abrindo. Muitos policiais entraram. Eles pegaram meu telefone e gritaram para eu deitar no chão".
Conforme apurado pela BBC News, a jovem russa, que tem uma tatuagem de Vladmir Putin representado como uma aranha na perna direita, postou um story comentando sobre a explosão de uma ponta que ligava a Rússia à Crimeia, destacando que os ucranianos deviam estar felizes com o ocorrido.
Nos aplicativos de mensagens, grupos de alunos comentaram acerca dos posts e comentários de oposição de Olesya, classificados como "postagens provocativas de caráter derrotista e extremista". Outra pessoa disse:
Primeiro vamos tentar desacreditá-la. Se ela não entender, deixe que os serviços de segurança cuidem disso. Denunciar é um dever de um patriota".
Agora, os advogados de defesa da universitária planejam entrar com uma solicitação para reverter as restrições de locomoção impostas a ela, juntamente com um pedido de revisão das acusações.
O Estado não tem estômago para o debate, para a democracia ou para a liberdade. Mas eles não podem colocar todo mundo na prisão. Em algum momento eles vão ficar sem celas", finalizou Olesya.
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