Alexei Navalny em conferência (esq.) e Vladimir Putin (dir.) - Reprodução / X / @mediazona_en e Getty Images
Opositor

Pela primeira vez após transferência à Sibéria, opositor de Putin aparece em vídeo

Poucas notícias haviam sido reveladas depois da transferência de Alexei Navalny, mas agora ele apareceu em videoconferência para audiência

Isabelly de Lima Publicado em 11/01/2024, às 10h10

Alexei Navalny, o opositor russo que estava sem notícias desde sua transferência para a colônia penal "Lobo Polar" no Ártico russo, apareceu pela primeira vez em imagens durante uma audiência da Suprema Corte via videoconferência. A equipe do crítico do Kremlin passou três semanas sem informações sobre seu paradeiro, levando a incertezas sobre seu estado de saúde.

Navalny, que cumpre pena de 19 anos de prisão por "extremismo", participou remotamente da audiência em Moscou, na qual apresentou queixas sobre as condições de sua detenção na Sibéria. Ele descreveu temperaturas "congelantes" na colônia penal, apontando que a cela de punição costuma ser um lugar muito frio, onde as pessoas usam jornais para se cobrir e se manterem aquecidas.

O opositor também reclamou do tempo limitado para fazer as refeições, destacando a dificuldade de consumir alimentos em apenas 10 minutos.  "É impossível comer em 10 minutos".

Se você comer todos os dias em 10 minutos, [fazer] esta refeição se tornará um processo bastante complexo".

Apesar das condições adversas, Navalny demonstrou bom humor durante a audiência, chegando a brincar que não recebeu correspondência de Natal por estar "muito longe", segundo o portal O Globo.

Colônia nº 3

Transferido para a colônia penal número 3 em Kharp, Navalny havia afirmado anteriormente estar "bem". No entanto, ele denunciou as condições da viagem até sua nova prisão, descrevendo-a como "bastante cansativa".

A colônia "Lobo Polar" é uma instalação herdada do Gulag soviético (campo de concentração) e opera como uma das sete colônias de trabalho corretivo de segurança máxima na Rússia.

Navalny, conhecido por seu ativismo anticorrupção e oposição política a Vladimir Putin, foi detido em janeiro de 2021 após retornar à Rússia de uma recuperação na Alemanha, onde se tratou de um envenenamento que atribui ao Kremlin. Além da pena atual, as autoridades russas iniciaram novos processos judiciais por "vandalismo", o que poderia resultar em mais três anos de detenção para o opositor.

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