Bolsonaro conversou com Zelensky pela primeira vez desde o começo da guerra e foi criticado
Redação Publicado em 20/07/2022, às 08h04
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky criticou o líder brasileiro Jair Bolsonaro por se manter neutro diante da guerra que o país vive contra a Rússia, que invadiu o território no final de fevereiro.
Em entrevista à TV Globo, Zelensky ainda comparou a situação ao que aconteceu durante a Segunda Guerra Mundial, em que líderes mantiveram neutralidade frente ao conflito até a expansão dos fascistas na Europa.
"Eu não apoio a posição dele de neutralidade. Eu não acredito que alguém possa se manter neutro quando há uma guerra no mundo", disse o presidente ucraniano.
“Vamos pensar sobre a Segunda Guerra Mundial. Foi assim. Muitos líderes ficaram neutros num primeiro momento. Isso permitiu que os fascistas engolissem metade da Europa e se expandissem mais e mais, capturando toda a Europa. Isso aconteceu por causa da neutralidade. Ninguém pode ficar no meio do caminho”, afirmou.
Para Zelensky, a guerra "não é entre a Ucrânia e a Rússia" e, sim, "da Rússia contra o povo ucraniano". "Porque, mais uma vez, eles estão no nosso território. Nós não chegaremos a um meio-termo porque um país declarou guerra contra o outro. Não”, afirmou.
“Um país capturou uma parte do nosso território há 8 anos. E nessa época havia muitas pessoas que queriam ser mediadoras e permaneceram neutras. Por causa disso, permitiram, desde 2014, que a Rússia fizesse essa segunda onda de invasão e eles estão invadindo outras partes. Esse é o significado de 'neutralidade'", acrescentou.
Segundo ele, se algo semelhante acontecesse no Brasil, prezaria pela soberania brasileira e não se manteria neutro. O líder ucraniano comentou que Bolsonaro ainda afirmou apoiar "a soberania e a integridade territorial da Ucrânia" apesar da posição.
"Eu quero acreditar nisso. Ele me falou assim: 'o Brasil realmente compreende a dor do que está acontecendo com vocês, mas a nossa posição é neutra'", relatou.
Essa foi a primeira entrevista de Zelensky à imprensa da América Latina e também a primeira vez que Bolsonaro conversou com o líder ucraniano desde o começo do conflito, tendo sido cobrado apoio às sanções decretadas contra a Rússia.
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