Para receber o dinheiro, o imigrante deve se mudar pra um dos vilarejos de Molise com menos de 2000 habitantes e abrir qualquer empreendimento
Vinícius Buono Publicado em 13/09/2019, às 08h00
A região de Molise, no sul da Itália, está pagando 700 euros a quem se mudar para um de seus vilarejos — que tem menos de 2000 pessoas.
A única obrigação do imigrante é abrir um negócio na cidade de sua escolha, sem restrições quanto ao tipo. As vilas também receberão um financiamento de 10 mil euros para a construção de infraestrutura e promoção de atividades culturais.
A Itália é a única grande economia da União Europeia que passa por problemas demográficos dessa ordem. O número de nascimentos caiu para o ponto mais baixo desde a formação do país, e muitos jovens estão migrando para outros Estados europeus em busca de melhores condições de vida.
Segundo dados da ONU, 157.000 italianos deixaram a Itália em 2018. Atrás do Japão, esse é o segundo país do mundo em proporção de pessoas idosas: 168,7 para cada 100 jovens.
9.000 pessoas deixaram Molise desde 2014. No ano passado, 2.800 pessoas morreram ou saíram da região, enquanto nenhum nascimento foi registrado em suas nove vilas.
A estratégia de pagar para que cidadãos se fixem em um local não é novidade, e também não é a única. Muitas dessas pequenas cidades estão adotando práticas semelhantes, como a aceitação de refugiados líbios e até a venda de casas abandonadas pelo valor simbólico de um euro.
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