Milton Gonçalves em sua última entrevista antes do AVC - Reprodução Youtube / REDE RIO TV
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Sequelas de AVC eram desafios diários de Milton Gonçalves

Mesmo com muitas complicações, o ator demonstrava vontade de viver e exalava simpatia

Isabelly de Lima, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 30/05/2022, às 17h34

No Rio de Janeiro, faleceu ator Milton Gonçalves, aos 88 anos, nesta segunda-feira, 30, devido a complicações das sequelas de um AVC que sofreu em 2020. O artista, com até então 86 anos – em 9 de fevereiro de 2020 – sofreu o acidente vascular cerebral isquêmico na Tijuca, Zona Norte do Rio, enquanto participava da feijoada da escola de samba Salgueiro.

Ele ficou na UTI até 2 de março do mesmo ano, no Hospital Samaritano Barra, no Rio de Janeiro, até que, ao apresentar uma evolução positiva no tratamento, fora transferido para a unidade semi-intensiva.

Depois de 3 meses no hospital, ele teve alta em maio de 2020. A filha de Milton Gonçalves, Catarina, contou à jornalista Patrícia Kogut, do portal O Globo, em janeiro de 2022, que o pai ficou traqueostomizado durante o tempo todo que passou no hospital, além de lidar com algumas sequelas na perna e na voz. Ela relata que "isso afetou bastante a voz, que está bem baixinha. Agora ele está bem, em casa, tranquilo. É uma recuperação chatinha por causa da idade. Ele não tem andado, só na cadeira de rodas, porque também ficou com sequela na perna esquerda”.

Força e bom humor

Segundo Catarina, a família foi pega desprevenida nessa ocasião e que não imaginavam que o pai podia vir a ter um derrame, mas ela conta que durante o processo de recuperação, o ator mostrou muita força.

"No entanto, o pai tem mostrado muita força nesse período de recuperação. Veio muito sem aviso. Meu pai não pegava nem gripe. Foi bem grave. Ele é forte. Se fosse outro, teria embarcado. No segundo ou terceiro dia de CTI, botamos música e ele já estava acompanhando com a mão, mesmo intubado”, disse a filha.

Ainda na entrevista, a filha de Milton ressaltou que, mesmo enfrentando essa situação complicada, o ator sempre foi muito animado e não recusava uma “cerveijinha”: “Ele sempre pede para tomar uma cervejinha. Também adora café e doce. Essas besteirinhas que não podem comer. Mas é um danadinho”. A força que ele demonstrava e todo o apoio da família, com certeza, foi o que fez o ator aproveitar seus últimos anos de vida da melhor forma possível.

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