Tumba real em mausoléu de primeiro imperador chinês será tema de documentário

Arqueólogos desenterraram uma tumba real no complexo do mausoléu dos guerreiros de terracota do imperador Qin Shi Huang. O governo dele resultou na unificação da China e no término do período dos Reinos Combatentes em 221 a.C.

Ele construiu uma série de muros que ligavam fortificações ao longo da fronteira norte do império, precursor da Grande Muralha da China, e eliminou o sistema feudal de alianças e federações frouxas. Qin Shi Huang foi sepultado no Mausoléu do Primeiro Imperador Qin, um vasto complexo localizado no atual distrito de Lintong, na cidade de Xi'an.

Escavações ao redor do complexo revelaram em torno de 7.000 (com estimativas chegando a 8.000) estátuas de guerreiros de terracota, cavalos, oficiais, acrobatas, homens fortes e músicos, além de aproximadamente 100 carruagens de batalha de madeira, todas dispostas a servir ao imperador em sua vida após a morte.

Em 2011, arqueólogos se depararam um poço profundo no complexo do Mausoléu dos Guerreiros de Terracota, contendo um caixão de 16 toneladas. De acordo com a política de não intervenção do governo chinês, o caixão e seu conteúdo foram inicialmente deixados no local, segundo o Heritage Daily.

Escavação do cemitério

No entanto, devido às intensas chuvas de 2024, decidiu-se escavar o cemitério e transferir o túmulo para um ambiente controlado. As escavações também trouxeram à tona uma luxuosa coleção funerária de armas, armaduras, estatuetas de jade, camelos de ouro e prata, utensílios de cozinha e mais de 6.000 moedas de bronze.

De acordo com especialistas, a tumba provavelmente pertence ao príncipe Gao, um dos 50 filhos de Qin Shi Huang, mas também pode ser o sepultamento de um oficial de alto escalão ou general a serviço do Imperador. As descobertas serão o tema do documentário "Os Mistérios dos Guerreiros de Terracota", que estreia na Netflix em 12 de junho de 2024. Confira o trailer abaixo: