Ator perdeu a capacidade de falar após sofrer de câncer na garganta em 2014
Alan de Oliveira | @baco.deoli sob superisão de Fabio Previdelli Publicado em 02/06/2022, às 14h50 - Atualizado às 16h51
Para reprisar o papel de Tom "Iceman" Kazansky em ‘Top Gun: The Maverick’, lançando em maio de 2022, Val Kilmer precisou da ajuda de mais de 40 modelos de vozes selecionadas a partir de inteligência artificial, para poder atuar no filme novamente. O ator perdeu a capacidade de falar após sofrer de câncer na garganta em 2014.
O roteiro de Top Gun 2 também coloca Iceman na mesma situação que Kilmer, por perder a voz devido ao câncer e só tendo uma comunicação ao digitar mensagens. No entanto, o ator tinha uma pequena linha falada, que foi feita usando inteligência artificial.
Segundo a 'Forbes' (via 'Variety'), Val usou o mesmo processo de agosto de 2021, uma inteligência artificial desenvolvida em parceria com a 'Sonantic' que lhe dá voz através dos trabalhos de uma inteligência artificial.
O ator forneceu à empresa diversas horas de imagens e outros arquivos, contendo os sons originais para uso dos algoritmos da empresa, transformando-os em modelos.
"No final, geramos mais de 40 modelos de voz diferentes e selecionamos o melhor, de maior qualidade e mais expressivo,” falou John Flynn, CTO e cofundador da 'Sonantic', para a 'Forbes'.
Esses novos algoritmos agora estão incorporados em nosso mecanismo de voz, para que futuros clientes também possam aproveitá-los automaticamente”, complementou.
Na publicação ainda é falado que a empresa limpou as gravações antigas de Kilmer e usou um “motor de voz” para ensinar o modelo a falar como o ator. Esse mecanismo possui cerca de 10 vezes menos dados do que um projeto chamado “típico”, o que não é suficiente.
Assim, a empresa decidiu criar mais algoritmos para reproduzir modelos de fala de maior qualidade usando os dados disponíveis. “Sou grato a toda a equipe da 'Sonantic' que magistralmente restaurou minha voz de uma maneira que nunca imaginei ser possível", relatou Kilmer durante a première do filme.
"Como seres humanos, a capacidade de comunicação é o centro de nossa existência e os efeitos colaterais do câncer de garganta dificultaram para os outros me entenderem. A chance de narrar minha história, em uma voz que parece autêntica e familiar, é um presente incrivelmente especial", finalizou.
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