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Conspirações

Conheça dez conspirações da vida real muito piores que qualquer teoria da conspiração

Saiba mais sobre episódios onde pessoas se uniram para prejudicar alguém

Fabio Marton Publicado em 11/08/2019, às 08h00

Aproximadamente 60 senadores tramaram a morte do ditador Julio César. Foram em bando, com Caio Cássio Longino e Marco Júnio Bruto liderando. Tão logo a reunião do Senado começou, cercaram César, que estava acomodado em sua poltrona, e passaram a – a expressão ficou para o tempo – “brutalizá-lo”. O mundo estava diante de uma das maiores conspirações da história. 

A morte de César é só um dos casos em que duas ou mais pessoas se uniram com o objetivo de lesar algo ou alguém. Em outros episódios, os danos foram ainda maiores.  

Conheça alguns dos casos mais notórios na história:


10. Irã-Contras

Em um escândalo revelado pela imprensa em 1986, descobriu-se que altos funcionários do governo de Ronald Reagan, incluindo líderes da CIA, estavam envolvidos com tráfico de armas ao Irã – país já hostil aos EUA, liderado pelo antiocidental aiatolá Khomeini (acima), e sujeito a um embargo internacional de armamentos. Em troca, reféns americanos seriam libertados e uma parcela dos lucros obtidos com a venda de armas seria destinada ao financiamento ilegal dos Contras – grupo rebelde anticomunista da Nicarágua. 


Uma das esposas do faraó Ramsés III (na imagem), Tiyi, desejava que seu filho herdasse o trono no lugar do sucessor legítimo, o filho da primeira esposa, Ísis. Para isso, ela articulou uma rebelião envolvendo oficiais e membros da corte. O imperador foi assassinado com um corte na garganta. Mas Ramsés IV continuou vivo, sentou-se ao trono e condenou à morte os conspiradores.


O programa clandestino da CIA realizava experiências ilegais em seres humanos para descobrir como quebrar a resistência de espiões comunistas. Prisioneiros, prostitutas e viciados receberam sem saber doses Mescalina e LSD. Também foram testados hipnose, choques elétricos e tortura. Ao menos um civil morreu como resultado. O projeto veio a público em 1977, quando a Lei de Liberdade de Informação expôs 20 mil documentos previamente classificados.


7. Os Meninos Roubados 

Espanha 1936 – 1975

Do início da Guerra Civil Espanhola à redemocratização, estima-se que 30 mil crianças tenham sido arrebatadas de seus pais - republicanos e comunistas presos ou assassinados pelas tropas do General Franco. O propósito era corrigir sua “inferioridade racial” – o que, na incoerente ideologia franquista, poda ser feito por educação, na infância. Criados por famílias fieis ao governo, muitos nunca descobriram sua origem.  


Por quase 300 anos, a seita islâmica secreta conhecida como Hashashin atuou como um Estado clandestino que, na ausência de um exército, conduzia sua diplomacia por espionagem, manipulações encobertas e, o mais memorável, assassinatos políticos em plena luz do dia, para passar um recado de terror. Entre suas vítimas estavam figuras-chave como califas, vizires, sultões e líderes cruzados. 


Descontentes com o reinado protestante de Jaime I, um grupo rebelde do partido católico planejou explodir a Câmara dos Lordes durante a cerimônia de abertura do Parlamento, levando aos ares todo o governo. O rei foi alertado por uma carta anônima e uma busca no prédio na noite anterior à cerimônia encontrou um dos conspiradores, Guy Fawkes (cuja máscara, acima, virou um meme moderno), guardando 36 barris de pólvora no subsolo. 


Meses depois de ser proclamado “ditador vitalício” de Roma, o grande general foi assassinado pelos próprios senadores, que temiam a instauração de uma tirania. Em um encontro marcado próximo do Teatro de Pompeia, cerca de 60 homens esfaquearam Cesar 23 vezes. O assassinato, porém, não teve apoio popular e acabou levando a uma guerra civil e ao fim da república. O Império Romano seria, de fato, tirânico.


Por 40 anos, o Departamento de Saúde Pública dos Estados Unidos realizou um experimento com homens afro-americanos diagnosticados com sífilis para acompanhar a evolução da doença - sem comunicá-los da sua condição e nem oferecer o tratamento adequado, com penicilina. Dos 399 homens selecionados, 128 morreram de sífilis. Além disso, 40 esposas e 19 filhos deles também foram infectados.


Documentos vazados pelo ex-arquivista da KGB Vasili Mitrokhin revelaram diversas operações promovidas a fim de desestabilizar governos ocidentais, as chamadas “medidas ativas”. Entre elas estão tentativas de alimentar a tensão racial nos Estados Unidos, por meio de cartas de ódio a militantes, e a disseminação de teorias da conspiração, como a da criação do vírus da AIDS em laboratório ou que a chegada dos astronautas à Lua foi uma farsa criada em estúdio.


Quatro semanas após a posse de Hitler como chanceler da Alemanha, o palácio do Reichstag – o parlamento alemão – foi incendiado. Cinco líderes comunistas foram presos e o atentado foi usado pelos nazistas como evidência de uma conspiração contra o governo. Isso levaria à Lei Habilitante, dando poder absoluto a Hitler. É quase consenso que os próprios nazistas são os autores do atentado. 

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