Ernst Rohm, homossexual e aliado de Hitler - Wikimedia Commons
Personagem

Ernst Rohm, homossexual assumido e braço direito do Führer

Líder da divisão SA, Rohm foi um dos responsáveis pela ascensão do Terceiro Reich na Alemanha

Joseane Pereira Publicado em 22/05/2020, às 13h30

Como sabemos, a relação entre o Nazismo e minorias sociais foi de terrível hostilidade. E não era diferente com os homossexuais: nos campos de concentração, homens gays eram identificados com um triângulo rosa invertido, e submetidos a violência e tortura. Mas, nos primórdios do regime, um gay assumido teve grande papel de destaque: o oficial alemão Ernst Rohm.

Trajetória

Rohm foi um dos grandes responsáveis pela ascensão do Nazismo entre 1920 e 1930. Braço-direito de Hitler, foi ele quem reconheceu no ditador as qualidades de um líder hipnótico, acompanhando-o em seus comícios e assembleias. Em 1931, ele passou a liderar a SA, ou Sturmabteilung, organização militar.

Ernst Rohm com Adolf Hitler / Crédito: Wikimedia Commons

A posição imponente de Rohm no início do regime criou a falsa ideia de que os homossexuais não seriam perseguidos. Entretanto, a história mostrou o contrário: segundo o pesquisador alemão Rüdiger Lautmann, cerca de 10 mil gays foram parar em campos de concentração, e 60% deles morreram em câmaras de gás ou durante experiências médicas.

Além de homossexual assumido, Rohm também era anticapitalista – e em 1933, com a chegada do Partido ao poder, ele começou a pressionar seus aliados para fazer uma Segunda Revolução Nazista, que instaurasse o socialismo no país.

O oficial acumulava um número cada vez maior de inimigos e, embora Hitler parecesse não se incomodar com sua orientação sexual, as tensões foram cada vez mais agravadas.

Inimigos de Rohm, como Heinrich Himmler, advertiam Hitler sobre o crescente poder que o oficial acumulava. Sua divisão militar poderia absorver as forças armadas da Alemanha, um desejo manifestado pelo próprio Rohm. Com isso, em junho de 1934, Hitler o prendeu pessoalmente e lhe ofereceu uma escolha: suicídio ou morte.

Recusando o suicídio, ele acabou sendo morto em 2 de Julho de 1934, durante a Noite das Facas Longas, junto com outros 400 oficiais militares da SA.


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