Cena do filme 'O Enfermeiro da Noite' - Divulgação / Netflix
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'O Enfermeiro da Noite': O que é fato ou ficção no novo filme da Netflix?

A obra, inspirada em um caso que chocou os Estados Unidos, conta a história de um silencioso serial killer que atuava em hospitais

Wallacy Ferrari Publicado em 31/10/2022, às 17h30

'O Enfermeiro da Noite', filme protagonizado por Eddie Redmayne e Jessica Chastain, estreou no catálogo da plataforma de streaming Netflix na última quarta-feira, 26, mas já chamando atenção por ilustrar uma história macabra de um enfermeiro que confessa ter matado pacientes de alguns dos hospitais onde trabalhou, propositalmente.

A história choca espectadores em meio ao diálogo do protagonista com sua companheira de trabalho, que começa a trilhar os passos do colega após a abordagem de investigadores sobre coincidências nos óbitos de idosos dentro da enfermaria das instituições de saúde, sempre falecendo de maneira repentina após o agravamento dos quadros durante internação.

A história, no entanto, é inteiramente baseada em um caso real que ocorreu nos Estados Unidos, conforme ilustrado em livro de 2014 escrito por Charles Graeber. A obra e o filme se baseiam na história do enfermeiro Charles Cullen, que tornou conhecido nacionalmente como um dos serial killers que mais fez vítimas na história, sempre agindo silenciosamente, descoberto no ano de 2003.

A obra de Graeber acabou sendo licenciada pelos produtores da Netflix para a adaptação, que é conduzida pelo diretor dinamarquês Tobias Lindholm, vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional por Druk, em 2021. Contudo, alguns pontos são livremente inspirados, contrastando com os fatos reais sobre os crimes, como ilustrou o portal USA Today.

Fato e ficção

Na trama, o protagonista é amigo próximo de Amy Loughren, chamando atenção ao momento em que ocupa sua casa e auxilia a ex-colega de trabalho com os cuidados do lar. Contudo, com a descoberta de seus crimes, ela se distancia — fator que não é em aceito por Charles, que chega a invadir sua residência e brincar com suas filhas.

Na vida real, isso não aconteceu, mas foi colocado como uma liberdade poética na produção para enfatizar que, assim que ela notou o risco que corria junto as filhas, cooperou com a polícia na investigação do amigo. Contudo, um outro trecho dos dois realmente ocorreu na vida real.

Amy aceitou usar uma escuta para que detetives obtivessem a confissão do criminoso. O áudio surgiu como prova da acusação formal que resultou na prisão do rapaz, protocolada no ano de 2003. Também chama atenção como, antes disso, não houve nenhum processo partindo dos cinco hospitais que o rapaz trabalhou. Fato verídico. As exumações mostradas no filme também ocorreram na vida real.

A investigação apontou 29 óbitos onde Cullen identificou suas vítimas, mas o livro de Graeber, que inspira a obra, estima entre 400 até mil mortes causadas por sua interferência ao longo de 16 anos atuando na área da saúde, sempre de maneira aleatória e sequer selecionando um perfil específico de vítimas.

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