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Matérias / Ashley Madison

Ashley Madison: Veja a história por trás do documentário da Netflix

O novo documentário da Netflix exibe o vazamento de dados da plataforma Ashley Madison, conhecida como um “site de traição”; conheça história real!

Pôster promocional do documentário da Netflix sobre a plataforma de encontros - Divulgação / Netflix
Pôster promocional do documentário da Netflix sobre a plataforma de encontros - Divulgação / Netflix

Em um mundo tecnológico e cheio de “web-relações”, é normal que diversos relacionamentos comecem a partir de aplicativos como o Tinder, comunidades no Facebook e outros meios. Perfis encontrados nessas plataformas geralmente possuem uma característica em comum: seus usuários comumente são pessoas solteiras à procura de uma nova relação — ou pessoas com relacionamentos abertos procurando novos parceiros.

No entanto, um site inovou todos os possíveis limites dos encontros online ao criar uma plataforma focada na traição. Não, não estamos falando de poligamia com consciência mútuo, o foco era encontrar parceiros (a) que fossem casados, sem que seus maridos e esposas soubessem dos encontros, que geralmente tinham conotações e intenções sexuais.

No entanto, o que era para ser um site todo envolto em segredos e sigilo entre os usuários se tornou uma grande polêmica após dados da empresa serem roubados e divulgados publicamente, revelando quem eram aqueles que usavam a plataforma (ou seja, expondo as diversas traições).

Casal que até hoje utiliza os serviços do website Ashley Madison - Divulgação / Netflix

É isso que retrata a nova série documental da Netflix intitulada ‘Ashley Madison: Sexo, Mentiras e Escândalo’, dividida em 3 episódios, lançada hoje, 15. Porém, o caso apresentado, apesar de parecer ficção, é a mais pura realidade e ocorreu, de fato. Conheça a história da série documental. ALERTA SPOILER!

Encontros

De 2002 até 2015, o portal Ashley Madison se tornou o destino principal para todos os tipos de adultério, mas sem riscos e julgamentos. A única coisa exigida era um pagamento pelos “créditos”, que possibilitava o usuário contatar novos parceiros. Fundada por Darren Morgenstern, a empresa prometia para as pessoas, principalmente para homens, uma lista de parceiras sempre dispostas a terem encontros secretos.

Inclusive, o empresário canadense Noel Biderman, CEO da empresa, chegou a participar de programas de televisão ao lado da esposa, assegurando que a plataforma era uma maneira de “salvar casamentos”, já que satisfazia uma das partes do casal para ser melhor dentro de casa.

Com um slogan simples, “A vida é curta. Tenha um caso.”, a empresa se consolidou em 40 países e contava com mais de 37 milhões de usuários em 2015 (ano considerado o ápice da plataforma), de acordo com o The Guardian.

Página inicial do site Ashley Madison atualmente (2024) - Reprodução / Ashley Madison

Vazamento de dados

Toda essa liberdade implodiu em julho de 2015, quando um hacker, até então, anônimo chamado “Equipe de Impacto” ameaçou expor os usuários do site e a empresa que os habilitava. Após algumas semanas mantendo o Ashley Madison como refém, exigindo que o negócio fechasse, o hacker divulgou dados pessoais de mais de 30 milhões de pessoas, que também foram expostas nas redes sociais.

Dentre as informações, estavam, nomes, endereços, preferências e fantasias sexuais, informações e mensagens de cartão de crédito, bem como e-mails pessoais de Biderman (um dos proprietários da plataforma), revelando que ele procurava repetidamente acompanhantes jovens.

Apesar de cobrar dinheiro extra das pessoas por uma “exclusão completa” de seu perfil, a empresa não era particularmente supersegura e não excluiu nenhuma informação dos usuários. Claramente, esse vazamento foi destruidor para diversas pessoas. E famílias. Entre as vítimas do hacker, estavam figuras públicas como apresentadores, atores, políticos e outros.

A investigação oficial sobre o hacker permanece sem solução. Toby Paton, o diretor da série, disse ao The Guardian que “há um argumento de que o verdadeiro vilão é quem fez o hack e publicou esses nomes”, ao invés de ser a plataforma de encontros, “devido à quantidade de devastação causada nos casamentos em todo o mundo e na vida das pessoas. Pessoas literalmente perderam suas vidas por terem sido expostas naquele hack”.

Situação atual

Após o famoso caso de vazamento de dados, Biderman  renunciou o cargo de CEO e anos depois da polêmica em questão, a plataforma Ashley Madison foi reestruturada. Em 2017, solucionou uma ação coletiva no valor de US$ 576 milhões movida por ex-clientes por US$ 11,2 milhões, ainda que seus dados permaneçam online.

Rob Segal, sucessor de Biderman, prometeu novas medidas de proteções e segurança. Conforme a série documental, o site afirma ter atualmente mais de 70 milhões de usuários, mas agora utilizam um marketing discreto. Evan Back, amigo de infância de Biderman e ex-vice-presidente de vendas da empresa, diz na série: “Não me surpreende que ainda exista hoje”.

“Eu sempre digo que enquanto os homens tiverem pên*s, Ashley Madison sempre estará no mercado”, continua. Confira o trailer da produção a seguir: