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Curiosidades / Arquivos do Inexplicável

Arquivos do Inexplicável: Veja o caso dos pés misteriosos do mar Salish

Arquivos do Inexplicável, da Netflix, retrata o caso de pés encontrados ao longo do mar Salish; caso é mercado por mistério

Isabelly de Lima Publicado em 08/04/2024, às 17h00

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Bota ilustrativa representando o calçado de Antonio Neill - Divulgação / Netflix
Bota ilustrativa representando o calçado de Antonio Neill - Divulgação / Netflix

Em uma região pacata do Canadá, mais especificamente na praia conhecida como Botanical, um casal simples, que tinha o costume de procurar tesouros, fez uma descoberta um tanto quanto inusitada: um tênis.

Embora não parecesse uma descoberta inusitada, dentro do tênis estavam ossos e pequenos pedaços de restos humanos.

Tênis ilustrativo apresentado na série - Divulgação / Netflix

O casal colocou o tênis em um pote e chamou a polícia. Após duas semanas, as autoridades ligaram para o casal e informaram que encontraram outro sapato, totalizando 11, até então.

Conforme o tempo passava, outros casos similares sugiram, chegando até os jornais televisivos. Mas como esses pés foram parar nas praias?

É exatamente esse mistério insólito retratado no último episódio da série documental “Arquivos do Inexplicável”, da Netflix. Visando entender o que aconteceu com as vítimas e procurando explicações para essas aparições, a série levanta diferentes versões do que poderia ter acontecido nessa situação bizarra. Michael Slade, Advogado criminal e escritor de "A Porta da Morte", comentou sobre a estranheza do caso:

"Em 'A Porta da Morte', eles encontram corpos desarticulados nas costas das Ilhas do Golfo, no Mar Salish. A ficção é mais estranha que a realidade ou a realidade é mais estranha que a ficção?", questiona.

Michael Slade, advogado e escritor - Divulgação / Netflix

Lendas

Segundo o advogado, 21 pés foram encontrados ao total na beira do mar Salish (que se estende também até águas americanas). 15 no Canadá e 6 nos Estados Unidos. A produção indica que o primeiro caso foi registrado em 20 de agosto de 2007, mas desde 2019 nada mais apareceu.

As lendas, assim como em muitos casos misteriosos, também assumem o seu papel aqui. Algumas pessoas acreditam que existe algo no mar, um tipo de criatura, responsável por atacar essas pessoas. E vão além. Não imaginavam um tubarão, mas algo místico, como uma cobra com cabeça de outro animal.

Sylvie Beauregard, por exemplo, alegou ter visto uma criatura se mexendo nas águas, que tinha uma cabeça de leão-marinho enorme com um corpo bem menor em proporção a cabeça.

Esses mistérios do mar, entretanto, foram iniciados por aqueles que antes habitavam aquela região entre o século de 1800, inclusive, pessoas deram o nome a essa criatura de Cadborosaurus.

John Kirk, presidente o Clube de Criptozoologia Científica da Colúmbia e membro aposentado da Real Polícia Montada Canadense afirma:

"Se você acha que não existem coisas estranhas no oceano, então você não sabe do que tá falando. Se nós exploramos só 6% dos oceanos, tem outros 94% que precisam ser investigados". Não entanto, não passa de lenda.

“Monstros humanos”

Por outro lado, Michael prefere se “limitar aos monstros humanos”. Outra possível causa desses desaparecimentos foi atribuída ao serial killer Robert "Willy" Pickton, que caçava profissionais do sexo no final dos anos de 1990.

Ele matava as mulheres, triturava e alimentava os porcos com suas carnes, já que sua residência se encontrava na beira de um lago que deságua no mar em questão. Porém, evidências de DNA não indicaram nenhum sinal de participação de Robert.

Outra possibilidade seria o aumento dos crimes de drogas (por gangues). A produção apresenta um exemplo da teoria: o desaparecimento de Antonio Neill, 22, em dezembro de 2016.

Antonio Neill, desaparecido aos 22 anos - Divulgação / Netflix

A mãe do rapaz, Jenny Neill, relatou na série como foram os últimos momentos que viveu com o filho, enfatizando que ele viveu sérios problemas com drogas. Após sair da prisão pelo uso excessivo de drogas ilícitas, viveu com um grupo de amigos, e nunca mais ouviu falar de Antonio. Ainda que o colega de quarto tenha sido o principal suspeito, nenhuma prova o ligou ao desaparecimento.

A bota de Antonio

Após dois anos de investigação, o detetive Walvatne cominou Jenny acerca de uma bota com ossos, encontrada distante de onde os Neill moravam, mas também ao longo do mar Salish. O DNA mostrou que aqueles eram os ossos de Antonio, encerrando o caso do jovem.

Até hoje não há explicação para os 21 sapatos encontrados nas praias, mas o escritor Michael opina que a investigação a respeito do caso não pode ser paralisada.

"Você não pode simplesmente varrer tudo para debaixo do tapete porque é inconveniente e fingir que tudo isso é natural. Alguma coisa está acontecendo aqui", afirma ele na série documental.

A série documental também explora outros casos sem explicações ao longo de seus episódios e todos já estão disponíveis na Netflix. Confira o trailer: