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Notícias / Chile

49 anos depois, Museu no Chile recupera esculturas tomadas pela ditadura de Pinochet

Seis esculturas de mármore retornaram ao seu local original, apesar da resistência dos militares

Redação Publicado em 29/12/2022, às 13h34

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Uma das seis esculturas recuperadas no Museu Nacional de Belas Artes do Chile - Divulgação/MinistériodaCulturadoChile
Uma das seis esculturas recuperadas no Museu Nacional de Belas Artes do Chile - Divulgação/MinistériodaCulturadoChile

Nesta quinta-feira, 29, a ministra da Cultura, Artes e Patrimônio do Chile, Julieta Brodsky, informou à AFP que seis esculturas de mármore do Museu Nacional de Belas Artes foram devolvidas ao seu local original, após terem sido removidas pela ditadura de AugustoPinochet há quase meio século. 

Em nota, a ministra declarou:

A devolução das obras é um ato de reparação. Sabemos que o contexto em que estas obras foram cedidas à Escola Militar faz parte de uma história muito obscura para nós enquanto país. É importante recuperar o que foi levado naquela época".

As esculturas, que são feitas de mármore e pesam entre uma e três toneladas, foram retiradas do museu após o golpe do ex-chefe de governoPinochet, em 1973. A ditadura durou 17 anos, resultando na morte ou desaparecimento de mais de 3,2 mil pessoas e tortura estimada em mais de 40 mil.

Esculturas

Segundo informações divulgadas pelo jornal O Globo, as peças consistem em reproduções das clássicas obras da Grécia Antiga, como “O gladiador ferido”, “Vênus de Médici”, “Apolo Musageta” e “Creugas”. 

Além disso, o Museu Nacional, inaugurado em 1910, recebeu versões de outros autores não identificados e exemplares das artes dos italianos Antonio Canova e Ernesto Gazzeri.

Processos 

O retorno das esculturas já havia sido solicitado em outubro de 2021, quando o diretor do Museu, Fernando Pérez, pediu formalmente ao Exército a liberação para realizar uma exposição que representasse a arte europeia em uma perspectiva latino-americana. 

Porém, na época, a Escola Militar recusou a proposta e chegou a reclamar com o então presidente Sebastián Piñera (2018-2022) a respeito do pedido de restituição.

Em março, o novo presidente do Chile, Gabriel Boric, fez novamente o requerimento pelo Ministério da Cultura e conseguiu com que o Exército cedesse.