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Notícias / Rússia

A primeira pessoa condenada pela Rússia por ‘fake news’ sobre a Guerra

País invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro deste ano

Fabio Previdelli Publicado em 01/06/2022, às 11h35

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Imagem ilustrativa - Pixabay
Imagem ilustrativa - Pixabay

Uma corte em Zabaikalski, no extremo oriente da Rússia, condenou pela primeira vez um cidadão russo por espalhar “fake news” sobre a invasão russa à Ucrânia — iniciada em 24 de fevereiro deste ano. 

De acordo com as autoridades locais, Pyotr Mylnikov falsificou documentos não especificados do Ministério da Defesa da Rússia e também postou vídeos “conscientemente falsos” em um bate-papo online que moderou em março passado. 

Segundo informações do veículo independente The Moscow Times, Mylnikov dirigia um grupo chamado “I Live in Ruins” no popular site de mídia social russo VK. O sujeito teria se declarado culpado das acusações. 

Embora as autoridades não tenham especificado o conteúdo do material “falso” disseminado por Pyotr, o Serviço Federal de Segurança da Rússia informou à veículos locais que Mylnikov "queria formar uma atitude negativa em relação ao exército russo que participa da 'operação especial'" — termo preferido do Kremlin para descrever a invasão da Ucrânia. 

A sentença

Com isso, na última segunda-feira, 30, o Tribunal Distrital de Olovyaninsky de Zabaikalsky emitiu a sentença contra Pyotr Mylnikov: uma multa de 1 milhão de rublos, o equivalente a R$77 mil. Com isso, ele escapou de pegar uma pena de três anos de prisão. 

De acordo com a Folha de São Paulo, a lei aprovada na Rússia para coibir as fake news é considerada arbitrária, visto que cabe ao juiz decidir o que é e o que não é uma notícia falsa. 

Mylnikov foi enquadrado por “divulgação pública de informações deliberadamente falsas sobre o uso das forças armadas russas”; mas decisões mais duras podem acarretar em uma pena de 10 anos de prisão caso “falsificações de guerra” sejam espalhadas por “ódio”; ou até mesmo chegarem a 15 anos se “causar consequências graves”.

Até então, aponta o The Moscow Times, as autoridades russas abriram pelo menos 53 casos criminais sobre a disseminação de “notícias falsas” sobre o exército russo desde março.