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Notícias / México

Adolescente é presa após fugir de casamento arranjado

O caso aconteceu no México; a garota de 14 anos foi vendida pela própria mãe

Redação Publicado em 07/12/2021, às 08h42

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A adolescente passou uma noite na prisão - Divulgação / Tiachinollan Human Rights Center
A adolescente passou uma noite na prisão - Divulgação / Tiachinollan Human Rights Center

Uma menina de 14 anos foi presa na segunda-feira, 29, depois de fugir de um casamento arranjado, em um vilarejo do estado mexicano de Guerrero. Apesar da prática ser ilegal no país, sua própria mãe a vendeu por cerca de 9.300 dólares, o equivalente a um valor em torno de 53 mil reais.

A jovem, que vivia em Joya Real, acreditava que quem iria se casar era sua irmã mais velha e descobriu a verdade somente no dia da cerimônia.

"Por ser menor, ela nunca pensou que a noiva seria ela", declarou Abel Barrera, diretor do Centro de Direitos Humanos Tlachinollan ao Daily Beast.

Segundo informações do UOL, quando soube da verdade, a jovem decidiu fugir de casa e se encontrou com um amigo, de 15 anos, que a ajudou. "Ela simplesmente queria preservar sua liberdade, sua vida e sua segurança", disse Barrera.

"Depois que uma menina é comprada, ela é tratada como um objeto pela família que pagou. Tem que trabalhar, cozinhar, limpar. Se arranja um emprego, o salário não é dela, mas do sogro", contou.

No entanto, a garota acabou sendo detida por policiais comunitários. Como representantes locais, não há qualquer ligação entre esses grupos e as polícias federal ou estadual do México. Por isso, a jovem foi levada para a prisão mesmo sem ter cometido qualquer crime.

Na terça-feira, 30, membros do Centro Tlachinollan de Barrera, policiais estaduais e representantes da promotoria local se dirigiram até Joya Real para garantir a soltura da garota. Agora, ela se encontra sob custódia protetora no sistema de Desenvolvimento Familiar Completo do México.

De acordo com o advogado Neil Arias Vitino, a adolescente falava apenas a língua mixteca Tu'un Savi. "É uma garota monolíngue, analfabeta e que não tem o mínimo de escolaridade. Na maioria do tempo, ficou em silêncio", afirmou.