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Notícias / Apartheid

África do Sul condena ataques de Israel: 'forma mais extrema do apartheid'

Em discurso ao tribunal da ONU em Haia, representante sul-africano criticou ação israelense em território palestino: "O apartheid de Israel deve terminar"

Fabio Previdelli

por Fabio Previdelli

fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 20/02/2024, às 09h52

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Faixa de Gaza bombardeada por Israel - Getty Images
Faixa de Gaza bombardeada por Israel - Getty Images

Nesta terça-feira, 20, um representante de Pretória (África do Sul) afirmou ao principal tribunal da ONU em Haia que a ação israelense em território palestino é uma forma "mais extrema" do Apartheid sofrido por seu país entre 1948 e 1994

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A fala foi proferida por Vusimuzi Madonsela, embaixador da África do Sul nos Países Baixos — justamente onde fica a sede da Corte Internacional de Justiça (CIJ)

Como sul-africanos percebemos, vemos, escutamos e sentimos mais profundamente as políticas e práticas discriminatórias desumanas do regime israelense como uma forma ainda mais extrema do apartheid institucionalizado contra as pessoas negras de meu país", disse. 

"O apartheid de Israel deve terminar", reforçou. Conforme repercutido pela AFP, Madonsela ainda destacou que a África do Sul possui uma "obrigação especial" para denunciar o Apartheid — independente do país em que ele aconteça — e fazer de tudo para que ele "acabe imediatamente".

Audiência em Haia

Desde o início desta semana, a Corte Internacional de Justiça realiza diversas audiências abordando as "consequências legais" da ocupação de Israel nos territórios palestinos desde 1967. Em dezembro de 2022, portanto antes dos conflitos recentes, a Assembleia Geral da ONU já havia solicitado a "opinião consultiva" da corte.

Acredita-se que um número recorde de países devam se pronunciar no processo em Haia: 52 (incluindo Estados Unidos, Rússia e China). A partir da última segunda-feira, 19, uma série de audiências começaram depois que um recurso de emergência foi apresentado pela África do Sul, que aponta que Israel não cumpriu com a Convenção para a Prevenção de Genocídios durante seus ataques à Gaza.

O órgão, embora não tenha se pronunciado oficialmente sobre o assunto, solicitou, em 26 de janeiro, que os israelenses evitem qualquer eventual ato de genocídio. Mas o CIJ também não pediu que um cessar-fogo fosse cumprido.