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Notícias / Cemitério

Alagamento em cemitério preocupa especialistas por risco de contaminação no Paraná

Especialistas temem que a água e o solo sejam contaminados e fazem alerta à população local

por Giovanna Gomes

ggomes@caras.com.br

Publicado em 08/11/2023, às 11h09

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Cemitério alagado no distrito de Uvaia - Divulgação/vídeo/G1
Cemitério alagado no distrito de Uvaia - Divulgação/vídeo/G1

Um cemitério que se encontra atualmente alagado no distrito rural de Uvaia, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, tem gerado preocupação uma vez que representa um risco de contaminação de poços, lençóis freáticos e do solo. O local, que conta com pelo menos 324 túmulos, foi atingido pela cheia do Rio Tibagi e começou a ficar submerso no dia 1º deste mês.

De acordo com Sandro Xavier de Campos, químico com doutorado na área de saneamento ouvido pelo portal G1, os perigos do alagamento são relacionados aos materiais utilizados na estrutura dos caixões, que incluem metais pesados, e também à decomposição dos cadáveres.

Como destaca o portal de notícias, neste processo é produzido o necrochorume, líquido que possui bactérias, vírus, além de uma série de fungos.

Com o alagamento, esses resíduos do cemitério podem estar se espalhando na água da inundação, que atinge desde casas até mesmo poços e o próprio rio. É importante mencionar que o solo, por estar molhado, também perde a capacidade de fazer o processo natural de descontaminação e absorção.

O fato de o solo estar molhado devido ao alagamento faz com que fique mais fácil esses resíduos se infiltrarem até lençóis freáticos e se espalharem em rios e até poços artesianos. O que estava concentrado vai sendo diluído tanto pela terra, quanto pela água", aponta o especialista.

Alerta aos moradores

Por esse motivo, Campos faz um alerta aos moradores para que não bebam água de poços artesianos da região sem uma análise técnica prévia. Ele também recomenda que, após o fim da enchente, sejam feitos estudos sobre a qualidade e possível contaminação da água do rio e dos solos da região.

Na década de 1970 houve muitos casos de doenças como a febre tifoide em Paris e Londres devido à contaminação causada por cemitérios. No Brasil, a legislação acerca da localização e estrutura desses espaços começou a endurecer em 2003", ressalta o químico.