Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Ditadura militar

Aliados de Bolsonaro aprovam o fim da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos

O órgão foi criado em 1995, com objetivo de reconhecer pessoas mortas ou desaparecidas em razão de suas atividades políticas

Redação Publicado em 15/12/2022, às 17h47

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Imagem ilustrativa da manifestação das Diretas Já, em Brasília - Arquivo Nacional
Imagem ilustrativa da manifestação das Diretas Já, em Brasília - Arquivo Nacional

Nesta quinta-feira, 15, membros da CEMDP (Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos), órgão vinculado ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, aprovaram a extinção do colegiado por 4 votos a favor e 3 contra. A decisão pôs fim às atividades que abordaram sobre crimes cometidos durante a ditadura militar.

Segundo informações divulgadas pelo jornal O Estado de S. Paulo, a reunião foi convocada pelo advogado bolsonarista e presidente da comissão, Vinicius Pereira de Carvalho, que também é ex-assessor da ministra Damares Alves. Além disso, o grupo alegou que houve "a conclusão da análise de todos os processos de solicitação de indenizações".

Entre os conselheiros que votaram a favor da extinção, estão o deputado federal do PL-PR Filipe Barros e o representante da sociedade civil, também do PL, Paulo Fernando Melo da Costa. 

Já os votos contra foram decididos por Vera Paiva, filha do ex-deputado Rubens Paiva, morto pela ditadura, Diva Soares Santana, representante dos familiares dos desaparecidos, e Ivan Marx, representante do Ministério Público Federal. 

A Comissão 

A extinção da Comissão, de acordo com o portal UOL, já era prevista no plano de governo do presidenteJair Bolsonaro (PL). 

A importância do órgão deve-se ao fato de que ele desempenha um trabalho histórico ao recontar sobre a ditadura militar brasileira, momento marcado pela tortura, baixa representação política e sindical, corrupção, censura e falta de transparência com a população. 

Além disso, a Comissão, que foi criada em 1995 no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, trabalha na localização dos corpos dos desaparecidos políticos e realiza indenizações aos familiares.