Deputada será a primeira mulher premiê da história do país e também a primeira líder de extrema-direita desde Mussolini
Giorgia Meloni, deputada pelo partido pós-fascista Irmãos da Itália (FdI), declarou nesta sexta-feira, 21, que foi indicada pela coalizão de direita do país para o cargo de primeira-ministra, como era esperado desde que o partido venceu as eleições no final de setembro.
"A delegação da centro-direita que se encontrou com o presidente apontou a necessidade de dar um novo governo no menor tempo possível porque as urgências são muitas em nível nacional e internacional. Toda a coalizão propôs a subscrita de forma unânime", disse Meloni após a reunião com o chefe do Executivo, Sérgio Mattarella, ao lado dos políticos Silvio Berlusconi e Matteo Salvini.
"Esperamos as determinações do presidente da República e estamos prontos", acrescentou Meloni. Conforme informou a agência de notícias ANSA, a expectativa é de que Mattarella conceda o encargo à deputada ainda hoje. O juramento da política, no entanto, deve ocorrer no domingo, 23.
Aos 45 anos de idade, Giorgia Meloni será a primeira mulher premiê da Itália e também a primeira liderança de extrema direita a governar o país desde a Segunda Guerra Mundial. Ela, quem se revelou simpatizante de políticas de Mussolini quando mais jovem, hoje tenta passar a imagem de uma política moderada.
Apesar disso, sua trajetória foi marcada pelo discurso contra imigrantes, o qual contou com a defesa de um bloqueio militar no Mediterrâneo que impediria a chegada de pessoas que tentassem entrar no país.