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Notícias / Adesivo

Aluno é retirado da sala de aula por uso de adesivo associado à escravidão nos EUA

Adesivo com bandeira de Gadsden desencadeou debate nas redes sociais

por Giovanna Gomes

ggomes@caras.com.br

Publicado em 30/08/2023, às 10h31

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Aluno apareceu na aula com adesivo da bandeira de Gadsden - Divulgação/Twitter/@cboyack e Pixabay/Clker-Free-Vector-Images
Aluno apareceu na aula com adesivo da bandeira de Gadsden - Divulgação/Twitter/@cboyack e Pixabay/Clker-Free-Vector-Images

Um estudante de 12 anos de idade matriculado na escola Vanguard, no estado americano do Colorado, foi retirado da sala de aula devido à presença de diversos adesivos em sua mochila, incluindo um da bandeira de Gadsden — que deu origem a um intenso debate nas redes sociais.

Segundo informações do New York Post, o aluno da sétima série do ensino fundamental foi instruído a remover a bandeira da mochila. O símbolo apresenta uma cobra cascavel enrolada junto à frase "Não pise em mim" em um fundo amarelo.

De acordo com registros de um encontro entre a mãe da criança e um administrador, compartilhados na plataforma X — antigo Twitter — após a remoção do adesivo, o aluno pôde retornar às aulas.

Associado à escravidão

No vídeo da reunião, o administrador da escola pública explica à mãe que o adesivo não pode ser exibido devido às "associações da bandeira com a escravidão e o tráfico de escravos". A mãe, por sua vez, rebate argumentando que a origem da bandeira de Gadsden remonta à Revolução Americana, não à escravidão.

Além disso, o estudante do sétimo ano teria outros adesivos representando armas semiautomáticas, o que, de acordo com a escola, violou a política de código de vestimenta.

De acordo com a Britannica, a bandeira foi inicialmente utilizada como uma insígnia pessoal pelo primeiro comandante-em-chefe naval dos Estados Unidos durante a Revolução Americana.

Recentemente, o símbolo foi adotado pelo movimento conservador Tea Party e tem progressivamente se vinculado à política de direita.

Em 2016, a Comissão de Oportunidades Iguais de Emprego deliberou que a bandeira em si não possui uma conotação racista, embora "em certos contextos possa ser interpretada como transmitindo mensagens de natureza racial".