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Notícias / Peru

Antes de ser decapitada em ritual, criança ingeriu cacto alucinógeno no antigo Peru

A descoberta foi feita após análises em cabeças mumificadas em local anteriormente tomado pela cultura Nazca

Redação Publicado em 02/11/2022, às 14h47

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Duas das cabeças analisadas no estudo - Dagmara Socha
Duas das cabeças analisadas no estudo - Dagmara Socha

Analisando um fio de cabelo de uma criança mumificada no Peru, uma equipe de pesquisadores conseguiu localizar uma amostra apontando que o garoto ingeriu uma substância alucinógena antes de ser cruelmente executado por decapitação durante um ritual da cultura Nazca.

De acordo com o artigo científico, publicado em 13 de outubro na revista Journal of Archeological Science, os exames laboratoriais apontam que a substância foi obtida após a ingestão de um cacto psicoativo, induzido ao consumo durante a cerimônia realizada na era pré-hispânica (3500 a.C. a 476 d.C.).

A cabeça da criança, inteiramente destacada do corpo, era usada como uma espécie de troféu e foi enterrada perto da costa sul do Peru, um onde um extenso programa arqueológico, iniciado em 1982, analisa resquícios do local.

De acordo com a revista Galileu, além da cabeça da criança, outras três amostras de cabelos de adultos na região já apontaram o consumo de alguma planta psicoativa ou estimulante antes das execuções.

Motivo

Os apontamentos dos pesquisadores apontam vestígios de folhas de coca e de Banisteriopsis caapi, usado na bebida alucinógena ayahuasca, junto da harmina e harmalina, dois compostos atualmente usados ​​em antidepressivos. Contudo, não se sabe se as substâncias eram usadas para dopar, amenizar dores ou apenas para entorpecer.