As pessoas teriam sido mortas graças a uma forma de tortura comumente usada por mafiosos italianos; entenda!
Isabelly de Lima Publicado em 18/04/2024, às 11h05
Um estudo recente, publicado na revista Science Advances, trouxe à tona descobertas chocantes sobre rituais de sacrifício que remontam a mais de 5.500 anos atrás. De acordo com os pesquisadores, duas mulheres encontradas em um sítio arqueológico no sudoeste da França foram amarradas e provavelmente enterradas vivas como parte de um ritual macabro.
A análise detalhada dos esqueletos revelou que essas mulheres foram submetidas a uma forma de tortura conhecida como "incaprettamento", que consistia em amarrar uma corda em torno do pescoço, ligando-a às pernas pelas costas, resultando em estrangulamento, lembrando as técnicas usadas por mafiosos italianos.
Essa descoberta arrepiante foi feita em 1985, na tumba de Saint-Paul-Trois-Châteaux, onde três esqueletos femininos foram encontrados em posições incomuns. Além das duas mulheres que provavelmente foram vítimas de sacrifício, um terceiro esqueleto foi encontrado em uma posição de enterro normal. No entanto, os pesquisadores confirmaram que todas as três mulheres foram colocadas na tumba ao mesmo tempo.
O local de enterro das mulheres estava estrategicamente alinhado com o nascer e o pôr do sol nos solstícios de verão e inverno, sugerindo que era usado para cerimônias sazonais. Esses rituais poderiam estar ligados à crença de que sacrifícios humanos garantiriam boas colheitas, uma prática observada em diversas culturas ao redor do mundo.
A análise revelou ainda mais 20 casos semelhantes de mortes ritualísticas em outros sítios arqueológicos da Europa, indicando que essa prática de sacrifício pode ter sido relativamente difundida durante o período Neolítico.
Em diferentes partes da Europa, tratava-se do mesmo tipo de sacrifício”, disse Éric Crubézy, um dos autores do estudo, para a CNN. “E este sacrifício é muito particular porque é cruel… e não há sangue nem pessoas que matassem outras, as pessoas matavam a si mesmas”.
Embora seja difícil afirmar com certeza que as mulheres encontradas em Saint-Paul-Trois-Châteaux foram mortas no local, a disposição de seus corpos e a presença de fragmentos de pedras sugerem fortemente que suas mortes ocorreram ali mesmo, de acordo com a CNN Brasil.
Com base em análises detalhadas dos ossos pélvicos, os pesquisadores estimam com 95% de certeza que os três indivíduos eram do sexo feminino.
