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Notícias / Mundo

Após 22 anos, indiano ganha processo judicial por passagens de trem superfaturadas

Homem deu início a ação judicial contra empresa por cobrança de 20 rúpias (cerca de R$ 1,29) a mais

Redação Publicado em 12/08/2022, às 13h49

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O indiano Tungnath Chaturvedi - Divulgação / UOL
O indiano Tungnath Chaturvedi - Divulgação / UOL

No ano de 1999, um advogado indiano comprou duas passagens de trem em uma estação ferroviária de Uttar Pradesh, no norte da Índia, e se surpreendeu ao perceber que elas haviam sido superfaturadas. Assim, o homem chamado Tungnath Chaturvedi decidiu processar a empresa que administrava a ferrovia em questão. O processo teria fim somente na semana passada, mais de 22 anos após o ocorrido.

"Eu participei de mais de 100 audiências relacionadas a este caso", disse Chaturvedi em entrevista à BBC. Ele contou que, na época do ocorrido, foram cobradas 20 rúpias (cerca R$ 1,29) extras. "Não é possível colocar um preço na energia e no tempo que gastei lutando neste processo", desabafou.

De acordo com informações do UOL, os bilhetes custavam 35 rúpias (R$ 2,26) cada. Porém, quando o passageiro deu 100 rúpias ao funcionário, este devolveu apenas 10 (R$ 0,65), cobrando 90 rúpias (R$ 5,81) pelos bilhetes.

Como não recebeu qualquer reembolso ao reclamar com o balconista, Chaturvedi decidiu abrir um processo contra ele e também contra a North East Railway. O que ele talvez não imaginava era que a indenização seria determinada pela Justiça somente com o passar de duas décadas.

"As empresas que administram as ferrovias também tentaram arquivar o caso, dizendo que as queixas contra elas deveriam ser dirigidas a um tribunal ferroviário e não a um tribunal do consumidor", disse o homem à BBC.

"Mas recorri uma decisão da Suprema Corte de 2021 para provar que o assunto poderia ser ouvido em um tribunal do consumidor", declarou. "Outras vezes, as audiências eram adiadas porque os juízes estavam de férias ou licença por condolências."

Vitória na Justiça

Na última semana, a Justiça indiana finalmente ordenou que a North East Railway pague a Chaturvedi uma multa de 15 mil rúpias (cerca de R$ 968) pelo incidente. Além disso, o tribunal ainda determinou que a companhia deverá reembolsar as 20 rúpias ao advogado com juros de 12% ao ano, levando em consideração período entre 1999 a 2022.

"Não é o dinheiro que importa. Sempre foi uma luta por justiça e uma luta contra a corrupção, então valeu a pena", disse Chaturvedi. "Além disso, como sou um advogado, não tive que pagar outro advogado ou arcar com o custo da viagem ao tribunal. Isso ficaria muito caro."


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