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Notícias / Atentado de Bruxelas

Após depressão, sobrevivente de atentado terrorista decide por eutanásia

O atentado de Bruxelas ocorreu em aeroporto da capital da Bélgica, em 2016

Redação Publicado em 10/10/2022, às 12h17

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Shanti De Corte, sobrevivente do atentado de Bruxelas, de 2016 - Reprodução/Facebook
Shanti De Corte, sobrevivente do atentado de Bruxelas, de 2016 - Reprodução/Facebook

Shanti De Corte, de 23 anos, foi uma das sobreviventes da tragédia de 2016 que veio a ser conhecida como 'atentado de Bruxelas', quando ainda tinha apenas 16 anos. A jovem, no entanto, seis anos após o evento não se recuperou completamente e, recentemente, optou por fazer eutanásia.

O atentado contra o aeroporto de Bruxelas deixou um total de mais de 30 mortos e 300 feridos, na época. No momento em que a primeira bomba foi detonada no aeroporto — de um total de três bombas: duas no aeroporto e uma no metrô —, Shanti estava na sala de embarque com colegas da escola, antes de uma viagem que fariam até a Itália.

A jovem, no entanto, conseguiu sair do local sem nenhum ferimento. Porém, as marcas psicológicas e emocionais que o atentado deixaram nela marcaram-na pelo resto de sua vida: ela chegou até mesmo a frequentar um hospital psiquiátrico para reabilitação, além de tomar antidepressivos. Além disso, Marielle, mãe da jovem, disse em entrevista ao canal belga VRT que a filha tentou suicídio duas vezes, uma em 2018 e outra em 2020.

Aquele dia realmente a quebrou, ela nunca se sentiu segura depois disso", contou. "Ela não queria ir a nenhum lugar onde outras pessoas estivessem, por medo. Ela também tinha ataques de pânico frequentes e nunca se livrou disso."

Eutanásia e saúde mental

Nas redes sociais, Shanti De Corte falava bastante e abertamente sobre saúde mental, e já chegou a comentar em publicação que tomava até 11 antidepressivos por dia. "Eu não poderia viver sem isso. Com todos os remédios que tomo, me sinto como um fantasma que não sente mais nada", escreveu, como informado pela UOL. "Talvez houvesse outras soluções além dos remédios", completou.

Então, no início deste ano, no dia 7 de maio de 2022, a jovem belga optou pela eutanásia. Após avaliação clínica, foi alegado que ela sofria com "sofrimento psiquiátrico insuportável".

Na Bélgica, a eutanásia é um procedimento autorizado a quem esteja em "uma condição medicamente fútil de sofrimento físico ou mental constante e insuportável que não pode ser aliviado, resultante de um distúrbio grave e incurável causado por doença ou acidente."