As abelhas africanizadas cruzadas são 10 vezes mais rápidas que as abelhas comuns, monorraciais
Isabelly de Lima, sob supervisão de Wallacy Ferrari Publicado em 10/05/2023, às 19h50
Na última segunda-feira, 8, um trágico acidente aconteceu na Nicarágua envolvendo um ônibus que estava a caminho de San Sebastián de Yalí, no noroeste do país. Aproximadamente 45 pessoas estavam dentro do veículo quando um problema mecânico aconteceu, despencando de 50 metros de altura de um barranco, indo parar em uma plantação de café.
Todos sobreviveram a este acidente, mas o que aconteceu em seguida foi fatal para seis pessoas, incluindo uma menina de 8 anos; o ônibus acabou batendo um enxame de abelhas africanizadas assassinas, que logo atacaram quem estava ali. Os passageiros foram picados repetidamente pelos furiosos insetos
Dentre as vítimas do ataque estão Eneyda Tórrez Zelaya, 47, e sua filha Andrea Carolina, de 8 anos, Santos Arnulfo Calderón Castellón, 38, Dilcia Flores Amparo, 32, Kenia Jazmín Soza Bonilla, 19 e Reyna Isabel Olivas Montalván, 84. Além deles, outros 14 passageiros ficaram gravemente feridos.
Muitos foram tratados em um centro de saúde próximo ao local do acidente, já outros tiveram que ser transportados para um hospital maior em Jinotega.
Segundo o portal NY Post, as abelhas africanas foram importadas para o Brasil a fim de aumentar a produção de mel no país, em 1956, mas no ano seguinte, muitas delas escaparam de um apiário e começaram a procriar com abelhas europeias. De acordo com o centro de pesquisas Smithsonian, essas abelhas cruzadas são consideradas muito mais perigosas que as comuns.
Isso porque as abelhas monorraciais reagem a perturbações 10 vezes mais devagar e podem picar até 10 vezes menos que as africanizadas cruzadas. Essa não é a primeira vez que insetos desse tipo causam morte. Um paisagista que vivia no Arizona, Estados Unidos, morreu depois que um enxame de 800.000 abelhas africanizadas o atacou no sótão de uma casa, em 2014.
